HGG amplia cirurgias eletivas para pessoas privadas de liberdade

Visando garantir um menor deslocamento desses usuários para outras unidades, os exames pré-operatórios, bem como todo o preparo para cirurgias, são realizados no hospital, durante uma única internação

Desde maio, o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) vem trabalhando numa nova etapa de atendimento aos pacientes privados de liberdade, com a estruturação de uma nova ala, composta de oito leitos de internação, prestando atendimento para mais de 30 pacientes até o momento. 

Recentemente, HGG recebeu as equipes das secretarias da Saúde (SES), da Segurança Pública (SSP), Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (Dgap) e Gerência de Assistência Biopsicossocial para uma visita técnica à Unidade de Direitos Humanos do HGG, onde são realizados procedimentos que compõem o Programa de Cirurgias Eletivas para Pessoas Privadas de Liberdade.

Visando garantir um menor deslocamento desses usuários para outras unidades, os exames pré-operatórios, bem como todo o preparo para cirurgias, são realizados no hospital, durante uma única internação, assegurada por uma equipe de agentes penitenciários durante as 24 horas. O diretor-geral da DGAP, Josimar Pires, agradeceu a parceria com o HGG e ressaltou que instituições parceiras fazem toda a diferença na assistência da população carcerária do Estado de Goiás.

“O HGG está de parabéns, estão fazendo um trabalho muito importante, não só para a população privada de liberdade, mas também para toda segurança pública. O espaço aqui é unificado, facilita muito o trabalho de segurança, além claro, da grande importância desse trabalho social, que humaniza o sistema penitenciário goiano. Vários desses presos aguardavam essas cirurgias há anos, antes mesmo de serem reclusos, por exemplo. Essa oportunidade aqui, é uma chance de se curar de uma enfermidade que antes eles não tinham condições. Enfim, hoje é um dia de muita felicidade para todos nós”, pontuou.

A superintendente de Saúde Mental e Populações Específicas da SES, Milena Benfica, explicou que a pauta de cuidados com a população privada de liberdade ainda desperta preconceitos. “Todos nós somos seres humanos, todos temos direitos assistenciais. Nesse momento, acompanhamos aqui o compromisso da SES e do HGG com esse público. Acredito que vamos aumentar ainda mais o número desses atendimentos, expandindo para todos que precisam. Toda boa ação gera uma reação! Quando a pessoa é tratada com dignidade, ela volta para sociedade com dignidade. Tenho certeza que esse projeto continuará sendo um sucesso”, destacou.

O diretor-geral do HGG, José Cláudio Romero, acompanhou a visita e fez questão ressaltar que o trabalho na unidade de saúde é realizado com muita tranquilidade e cautela. “Não tem distinção no atendimento, todos são tratados de forma coerente e humanizada. É um trabalho que temos o prazer de fazer. Acreditamos que cuidar das pessoas é uma missão e estamos cumprindo a nossa”, finalizou.

Texto e foto: Suzana Meira/Idetch