Fiscalização no Rio Araguaia resulta em apreensões e multas que somam mais de R$ 200 mil
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizou de 1º a 05 de abril a Operação Sanctum Sabbati, em municípios da região da Bacia do Rio Araguaia. Diante das irregularidades encontradas pelas equipes de fiscalização, ao todo, foram lavrados autos de infração que juntos somam o total de R$ 225.700.
Além de combater a pesca e caça predatória, a operação tinha o objetivo de fiscalizar a proibição das atividades pesqueiras na região, conforme instrução normativa do Governo de Goiás, editada para diminuir aglomerações nos municípios margeados pelo Rio Araguaia. Além dos valores aplicados, os fiscais apreenderam sete armas de fogo, 56 munições e 12 tarrafas entre outros apetrechos irregulares durante ação integrada.
De acordo com a titular da Semad, secretária Andréa Vulcanis, a medida, que teve efeito até o dia 05, pode ser adotada novamente, a depender da situação de agravamento do nível de contágio pelo novo coronavírus nesses municípios. “Alertamos a todos que ainda está vigente o decreto nº 9.674, de 10 de junho de 2020, editado pelo governador Ronaldo Caiado, que proíbe todas as atividades que envolvem aglomerações nas regiões do Araguaia”, lembra.
Segundo a secretária, “é importante a compreensão de todos, pois esse não é o momento de realizarmos atividades de pescaria, campeonatos de pesca esportiva, entre outros”. Andréia Vulcanis destaca que “é importante ficarmos em casa e, assim, protegermos as nossas famílias e as populações ribeirinhas”.
A operação
Fiscais da Semad acompanhados por equipes da PRF fiscalizaram veículos que trafegavam nas rodovias BR-080 e BR-010, que dão acesso a municípios próximos do Araguaia e seus afluentes. Além disso, equipes de fiscalização também utilizaram barcos e vistoriaram acampamentos e ranchos montados às margens dos rios.
Em um deles, três homens foram flagrados com armas, munições, 12 tarrafas, redes e outros equipamentos de pesca predatória. Segundo conta o superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Semad, Robson Dizarz, um homem de 28 anos assumiu a propriedade das armas e foi preso por posse ilegal. O trio ainda foi flagrado descartando um filhote de Pirara, pescado fora das medidas obrigatórias e já sem os esporões e deixado em uma armadilha no rio.
Em outro local, os agentes apreenderam mais quatro espingardas, várias munições e outros itens de pesca. A polícia suspeita que o armamento seria utilizado para caça ilegal de animais silvestres. Chamou a atenção dos fiscais a grande quantidade de redes, tarrafas, molinetes e outros itens de pesca encontrados, mesmo com a proibição de atividades de pescaria, campeonatos de pesca esportiva, entre outras atividades, no período de 1º a 05 de abril.
Resultado
Além das sete armas de fogo e 56 munições, as equipes da Semad e PRF apreenderam duas armadilhas fotográficas, uma motosserra, um arbalete – arma de disparo de arpões utilizada por mergulhadores para o abate de peixes –, 12 tarrafas e oito redes de pesca. Ao todo, foram lavrados 15 autos de infração e 15 termos de apreensão.