Operação Zayn apreende bens e investiga lavagem de dinheiro
A Polícia Civil, por meio Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em força-tarefa, deflagram nesta quinta-feira (30) a Operação Zayn, segunda fase. A operação investiga uma organização criminosa interestadual, com atuação em oito estados brasileiros, que teria praticado roubos de veículos, de cargas, receptação, lavagem de dinheiro e outros delitos.
As equipes cumpriram 44 mandados judiciais de buscas e apreensões, em Itumbiara, São Paulo, Rio Grande do Sul e Tocantins. A Operação Zayn mobiliza 170 policiais e 45 viaturas.
A investigação catalogou os líderes da organização criminosa em cerca de um ano de apuração. Os membros da organização também praticaram falsidade ideológica, adulteração de veículos automotores, receptação e furto qualificados. Ao todo, foram 56 alvos investigados.
A operação ocorreu em Goiás (Goiânia e Itumbiara), São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Também houve lavratura de três prisões em flagrante, em SP, RS, e MS, por posse ilegal de arma e uso de documento falso.
Estima-se que o grupo seja responsável por centenas de fraudes e roubos em todo o País, com volume de perdas estimado em R$ 100 milhões nos últimos 5 cinco anos, de 2017 a 2022, às empresas vítimas. A primeira fase da operação foi deflagrada em 2021, quando se verificou fraudes e adulterações de veículos roubados, registrados ilicitamente em Detrans dos estados e com revenda destes veículos adulterados a terceiros de boa fé.
Esta nova fase tem como foco a constrição de bens judicialmente autorizada (sequestro e apreensões) decorrentes da lavagem de dinheiro. “A investigação aprofundada foi fundamental para desarticular a organização criminosa, retirar seus bens e vantagens ilícitas auferidas e, com isso, diminuir as estatísticas criminais de furtos e roubos de cargas em Goiás”, destaca o titular da Decar, Alexandre Bruno de Barros.
A operação foi intitulada Zayn em referência ao nome de origem árabe, que significa “perfeição”, “graciosidade”, em razão da percepção que os integrantes da organização tinham sobre as ações criminosas, já que acreditavam serem perfeitas, sem vestígios e impossíveis de serem descobertas pela ação policial – um feliz engano, como demonstra o sucesso da força-tarefa entre PCGO e PRF.