Dgap recebe visita institucional da Pastoral Carcerária

Irmã Petra é recebida no gabinete do diretor-geral Josimar Pires (Foto: Divulgação)

No ano em que a Pastoral Carcerária completa 50 anos, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (Dgap) recebeu, no início da tarde desta terça-feira (19), a visita institucional da Irmã Petra Silvia Pfaller, coordenadora Nacional da Pastoral Carcerária. Durante aproximadamente duas horas, ela discutiu com o titular da Dgap, o policial penal Josimar Pires, melhorias para o sistema penitenciário goiano.

“Convidamos a Pastoral Carcerária para participar do nosso processo de gestão penitenciária, assim como fizemos com todas as instituições ligadas ao sistema. Estamos abrindo canais de diálogo para que todos possam ser ouvidos e contribuir para que possamos ser a melhor instituição de administração penitenciária do país”, afirma Josimar Pires.

Um dos pedidos da Pastoral Carcerária foi o retorno das visitas de assistência religiosa nas unidades prisionais goianas. Ficou acordado que, no dia 10 de agosto, a Dgap vai apresentar uma portaria regulamentando esta volta. Outro ponto debatido foram as denúncias recebidas pela Pastoral de maus-tratos aos custodiados.

“Muitas denúncias vão parar em outras instituições, mas não chegam a nós. Pedi que a Pastoral Carcerária envie a denúncia diretamente para a nossa Ouvidoria. Vamos apurar com transparência e celeridade”, explica o Ouvidor da Dgap, Jeferson Vieira Barros Filho, que acompanhou a reunião.

Por outro lado, o diretor-geral Josimar Pires e o adjunto Firmino Alves apresentaram as ações empreendidas ao longo dos sete meses de gestão, como o retorno das visitas presenciais em espaços apropriados nas unidades prisionais e a construção de espaços lúdicos (brinquedotecas) para que as crianças e adolescentes possam visitar os pais distante do ambiente prisional. “Ambientes que contribuem bastante com a ressocialização dos custodiados”, revela Firmino Alves.

Outra medida apresentada foi o projeto-piloto que atende mulheres encarceradas em situação de vulnerabilidade que têm direito a indulto ou comutação de penas, mas não possuem defensores. Pela iniciativa, inédita no país, já foram analisados mais de 250 processos em cinco municípios onde há presídios femininos.