Custodiadas de Araçu produzem enxovais para a OVG

Peças de enxoval fabricadas pelas custodiadas em Araçu; produtos são destinados a gestantes em situação de vulnerabilidade social na região (Foto: Divulgação)

Com o intuito de capacitar a população feminina privada de liberdade da Unidade Prisional de Araçu, na região Central do Estado, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (Dgap) firmou parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) para a produção de enxovais para bebês distribuídos pela entidade. Por mês, aproximadamente 1,2 mil enxovais são produzidos pelas custodiadas, que receberam capacitação e usam o maquinário fornecido pela OVG.

A presidente de honra da OVG e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, diz que a parceria vai além da confecção dos enxovais, que beneficiam gestantes em vulnerabilidade social. “Quando capacitamos pessoas privadas de liberdade, estamos dando oportunidade de qualificação profissional para que, quando terminarem de cumprir a pena, possam recomeçar suas vidas tendo um profissão digna e experiência prática. Tudo isso, claro, sem falar no quanto o produto desse trabalho é importante, por ajudar milhares de gestantes e bebês atendidos pela OVG em todo o Estado”.

A Dgap entrou com a mão de obra e o espaço para que as peças pudessem ser produzidas e a OVG realizou o treinamento e fornecimento de equipamentos. Atualmente, a iniciativa funciona com dez colaboradoras. Oito são responsáveis pela parte da costura e duas pelo acabamento das peças.

A cada 15 dias, a produção é entregue à OVG, que se encarrega de repassar às famílias. De acordo com o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires, esse é um trabalho capaz de beneficiar tanto quem cumpre pena quanto quem precisa de assistência. “A qualificação é uma ferramenta importante na ressocialização do apenado, especialmente para que ele tenha melhores condições de ser reinserido na sociedade”.

Segundo a diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, a confecção das peças é realizada com muito carinho pelas custodiadas. “No início, essas mulheres não tinham conhecimentos técnicos em costura. Por isso, fornecemos toda a qualificação necessária para que esse projeto pudesse ser iniciado e, hoje, nos orgulhamos em colher os resultados”.

Na avaliação da gestora da Unidade Prisional de Araçu, Gleice Kellen, “a adesão e a colaboração resultaram em uma melhora de comportamento dessas mulheres dentro do presídio.” “E, cada vez mais, outras custodiadas querem fazer parte do projeto”, emenda.