Goiás reforça medidas de prevenção à influenza aviária após registro de casos na AL

Doença é causada por vírus, que pode ser transmitido pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais (Foto: Agrodefesa)

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Associação Goiana de Avicultura (AGA) e Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), chama a atenção dos avicultores e profissionais da avicultura para reforçar os cuidados preventivos para evitar que a influenza aviária se dissemine no Brasil e em Goiás.

O alerta dos médicos veterinários do Serviço Veterinário Oficial decorre da confirmação da doença na América Latina, em três regiões geográficas da Colômbia. A influenza aviária nunca foi registrada no Brasil, mas os cuidados precisam ser redobrados.

A doença é causada por vírus, que pode ser transmitido pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais. Outra forma possível de transmissão do vírus é o contato das aves de criatórios com aves silvestres de vida livre (que migram inclusive de um continente para outro).

O presidente da Agrodefesa, José Essado, ressalta que os médicos veterinários do órgão estão atentos e atuam de forma contínua na orientação dos criadores e profissionais da avicultura quanto ao problema. “As medidas de biosseguridade são imprescindíveis para evitar a entrada, manutenção e disseminação da influenza aviária e de outras doenças nas granjas do estado. Por isso, os cuidados são fundamentais, para evitar prejuízos zoossanitários, econômicos e à saúde pública”, enfatiza.

Vale destacar que, no momento, a Gerência de Sanidade Animal da Agrodefesa, por meio do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), coordena um amplo trabalho de coleta de amostras biológicas em aves de criatórios comerciais de várias regiões do estado, trabalho que é realizado pelas Unidades de Atenção Veterinária, para averiguar a inexistência de influenza aviária e doença de Newcastle.

Até o mês de dezembro, meta é coletar e enviar para análise laboratorial um total de 4.350 amostras, o que será um dos maiores estudos sanitários em avicultura realizado nos últimos anos.

Procedimentos
A coordenadora do PESA, médica veterinária Silvânia Andrade Reis, ressalta que muitas medidas preventivas são fundamentais para impedir a entrada da influenza nos criatórios, tais como evitar, ao máximo, o contato das aves das granjas com aves de vida livre e também barrar o acesso de pessoas alheias ao estabelecimento. É importante também que, nos estabelecimentos de criação, as pessoas usem roupas exclusivas e haja desinfecção de veículos antes da entrada e na saída do local.

É muito importante ainda que os criatórios e granjas mantenham sempre em dia os registros de controles sanitários. Silvânia Reis alerta que, em caso de aparecimento de sintomas suspeitos nas aves, como sinais respiratórios, digestivos, nervosos e/ou mortalidade acima do normal, os responsáveis devem entrar em contato imediatamente com a Agrodefesa, tanto nos escritórios locais, quanto por telefone (62 3201-3574) ou e-mail (gesan@agrodefesa.go.gov.br) para relato da ocorrência.

Em função do registro de casos de influenza aviária na Colômbia, o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu Nota de Alerta a todos os órgãos responsáveis pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) no país, para que ampliem os procedimentos de prevenção e preparação para respostas a eventuais ocorrências de influenza no Brasil. Também recomendou a interação dos SVOs com o setor produtivo e com os órgãos de Meio Ambiente, para fortalecimento das medidas de vigilância e biosseguridade.