Operação Laranja Mecânica mira sonegação fiscal em comércio de bebidas

As investigações indicam que a associação criminosa criava empresas de fachada em nome de interpostas pessoas, “laranjas”, com finalidade de comercializar bebidas sem recolhimento de tributos

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), em ação conjunta com a Secretaria da Economia, deflagrou, nesta quinta-feira (17), a Operação Laranja Mecânica, que tem como alvo empresários, contadores e “laranjas” que compunham associação criminosa instalada nesta capital com fito de sonegar tributos no ramo de comércio de bebidas.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia e Aparecida. No cumprimento das ordens foram apreendidos celulares, computadores e documentos que comprovam as práticas delituosas.

As investigações indicam que a associação criminosa criava empresas de fachada em nome de interpostas pessoas, “laranjas”, com finalidade de comercializar bebidas sem recolhimento de tributos. “Após uma análise minuciosa nós chegaremos, com certeza, a esses ‘empresários’ que organizaram todo o esquema para não recolher os tributos aos cofres do Estado”, explica o titular da DOT, delegado Marcelo Aires Medeiros.

Levantamento da Secretaria da Economia indica que os valores sonegados a título de ICMS superam a casa dos R$ 3 milhões. O órgão agora segue em busca de recuperar esses valores em prol do erário goiano.

“São duas empresas de Goiânia, do ramo de bebidas que, desde o ano de 2019, continuando pelo ano de 2020. Nós identificamos a ação desses pseudo empresários sonegando impostos, trazendo notas fiscais frias de empresas de fachada que estavam recebendo créditos de empresas do Pará e Distrito Federal; empresas baixadas, suspensas, ou seja, crédito fraudulento”, explica o auditor fiscal Gerson Segundo de Almeida, delegado da DRF de Goiânia.