Basileu França lança 2º edição do Livro Produção Cênica e Sociedade

A seleção dos artigos do livro foi feita a partir dos melhores Trabalhos de Conclusão de Curso, entre os anos de 2017 e 2020. (Foto: Divulgação)

O curso superior de Tecnologia em Produção Cênica da Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França (EFGABF) tem se destacado constantemente no setor cultural. Dessa forma, recentemente, foi lançada a 2ª edição do Livro Produção Cênica e Sociedade – Relatos de Experiências de Processos Criativos na Produção Cênica, que reúne uma coletânea de artigos desenvolvidos pelos discentes e docentes do curso, convidando o leitor a uma reflexão sobre como o produtor cênico articula a teoria e a prática no exercício de sua profissão, na arte de se fazer cultura no Brasil. 

De acordo com o coordenador do Curso Superior, Juliano Silvestre, diferentemente da 1ª edição, que tinha artigos exclusivos de professores, nesta as melhores produções acadêmicas dos alunos foram premiadas para compor o livro. “Com isso, a Escola Basileu França reafirma o seguinte tripé educacional do Curso Superior: pesquisa, prática e projetos. O aluno tem a liberdade de escolher em qual área ele poderá se aprofundar, sabendo que todas elas são indissociáveis para a formação do sujeito como fomentador do saber-fazer”, afirma.

O livro

A obra, que está sendo comercializada na versão impressa e no formato de e-book pela Editora Dialética, propõe uma análise do processo de produção de um espetáculo cênico, permitindo o enriquecimento do cenário cultural na atualidade. Segundo a professora e Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Iolene Lobato, as pesquisas apresentadas representam uma valiosa oportunidade de uma reflexão sobre as particularidades que envolvem o fazer e o saber teórico/prático no âmbito da construção de um processo criativo em produção cênica.  

A seleção dos artigos foi feita tomando-se por base os melhores Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), entre os anos de 2017 e 2020. Assim, a referência foi a nota final atribuída pela banca de defesa do TCC e o interesse do orientador em publicar o referido trabalho. 

O livro é dividido em nove capítulos, sob os seguintes títulos: “Produção Cênica Desvelando Sonhos: A Criação de um Festival Comunitário de Produção Cênica no Conjunto Vera Cruz”; “Produção Cênica e o Artista como Produtor de Si Mesmo – Macbeth a Máscara da Maldade”; “Relato de Experiência do Processo Criativo em Artes Cênicas: O Tecer do Ser Mulher”; “Relato de Experiência de Processo Criativo: A Dramaturgia Goiana Sob o Olhar do Artista Produtor Mauri de Castro”; “Relato de Experiência: Construção de Processo Criativo Teatral”; “Relato de Experiência de um Produto Criativo em Artes Cênicas: a Dança, o Sujeito Contemporâneo e as Mudanças Climáticas”; “Acessibilidade Cultural na Produção Cênica em Goiás: Muito Além da Gratuidade de Espetáculos”; “Processo de Criação de um Espetáculo de Resistência a Períodos Ditatoriais”; e, por fim, “Os Desafios de se Produzir um Festival Criativo num Parque Público de Goiânia-GO”.       

Para Iolene Lobato, essa conquista é algo singular. “É fruto de um trabalho árduo de pesquisa, zelo e dedicação. Muitas vezes, o próprio aluno não enxerga sua capacidade de escrever um TCC e, no final, respaldado por orientações e muito estudo, o trabalho é elogiado e possui condições de publicação. Além disso, essa conquista permite dar visibilidade ao curso e oportuniza dar fala ao futuro produtor cênico. A maior expectativa é que esta obra se torne fonte de pesquisa”, explica a profissional que também é a organizadora do livro.

Outro ponto importante é que pelo fato do Curso Superior em Produção Cênica ser um curso recente (sendo, o do Basileu França, o quarto do Brasil), ainda há pouca literatura e produção acadêmica acerca da produção cultural e artística no País. “E a EFGABF consegue, mais uma vez, ser precursora em lançar para Goiás e para o Brasil, tanto por meio físico como e-book, esse livro que será de muita valia para futuros produtores e para todos aqueles que enxergam na produção cênica e cultural um espaço para a concretização de projetos e de reafirmação que a economia da cultura pode sim, ser um novo eixo de desenvolvimento econômico e sustentável para este novo século”, avalia Juliano Silvestre.