“Foi uma guerreira na defesa de Goiás”, declara Caiado na missa de sétimo dia de Dona Iris

Ao lado de familiares, Caiado presta homenagem à Dona Iris durante missa de sétimo dia (Fotos: André Saddi)

Foi com mensagens de saudade e enaltecimento do legado político de Iris de Araújo Rezende Machado que familiares, amigos, lideranças políticas e demais presentes participaram, nesta segunda-feira (27/02), na igreja Matriz de Campinas, da missa de sétimo dia da ex-senadora, deputada federal e primeira-dama de Goiás. O momento de oração foi celebrado pelo padre Abdon Guimarães.

Com as memórias de Dona Íris no longo convívio na política goiana e no Congresso Nacional, o governador Ronaldo Caiado destacou a trajetória que marcou a história de Goiás.

“É um currículo extenso, uma mulher que tem várias ações no Estado. Nada mais merecido do que prestar homenagem à Dona Iris, que deixou sua história cravada em vários momentos. Hoje é mais um dia de despedida daquela que o povo goiano já sente muita saudade”, declarou.

Legado

Dona Iris faleceu na última terça-feira (21/02), aos 79 anos, em Goiânia, após complicações de um procedimento cirúrgico realizado no pulmão. Caiado a classificou como uma mulher inspiradora e à frente de seu tempo.

“Foi uma guerreira na defesa do Estado de Goiás, sempre teve uma atitude independente”, sublinhou o governador.

A trajetória de Dona Iris foi marcada pela ajuda aos mais vulneráveis e vivida ao lado do ex-governador Iris Rezende Machado, com quem foi casada por 57 anos. Ele morreu há um ano e três meses. O casal deixou três filhos, Cristiano, Ana Paula e Adriana, e dois netos.

“Muito difícil assimilar duas perdas tão próximas. Primeiro meu pai, agora minha mãe. A dor é dobrada, mas a gratidão por Deus também, pelo privilégio de ter participado de uma história tão bonita”, descreveu Ana Paula Rezende em referência aos pais.

Laços materno

Para além da vida pública, com histórias inspiradoras, a filha Adriana falou um pouco sobre Dona Iris enquanto mãe, com quem tinha “laços profundos”.

“Era uma mulher firme e forte, mas não deixava de ser terna e amorosa. Conseguia ser simples e sofisticada ao mesmo tempo. Altiva, sem ser soberba. Ela foi meu primeiro e maior amor”, definiu, às lágrimas.

“Era vibrante e entusiasmada com tudo. Depois da partida do meu pai, parece que perdeu aquele brilho. Ela falava que estava pronta para encontrá-lo”, lembrou Adriana.

Durante a homilia, o padre Abdon levou mensagem de consolo e esperança aos familiares, que perderam o “casal Iris” em um intervalo de tempo tão curto. Referiu-se à Dona Iris como “a mulher do povo”, que deixou uma marca de serviço.

“Fizeram um grande trabalho e a gente não pode desassociar essas duas figuras. E tanto é que falam que Dona Iris é aquela que ajudou e conviveu com o povo. Então, é uma mulher que sempre foi dada aos trabalhos, junto com seu esposo”, lembrou o padre, que é reitor do santuário Basílica Mãe do Perpétuo Socorro.