Hetrin realiza primeira captação de órgãos para transplantes

Equipe médica do Hospital de Trindade capta fígado e rins, que beneficiarão pacientes que aguardam na fila de transplantes de Brasília e Goiás (Foto: Hetrin)

A regionalização da saúde permite a primeira captação de órgãos no Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin). O procedimento foi realizado nesta sexta-feira (31/03), resultado do trabalho da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) e Gerência de Transplantes da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO).

Córneas e fígado captados foram doados por um paciente que esteve internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva do Hetrin, com quadro de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, após passar mal em casa. O quadro clínico evoluiu com sinais de morte encefálica. O fígado foi enviado para o Distrito Federal e as córneas, para Goiás.

Captação

A equipe médica do Hetrin prestou toda assistência, realizando exames clínicos e de imagem, chegando à conclusão da morte encefálica.

“Comunicamos imediatamente os familiares e a Organização de Procura de Órgãos para, então, iniciarmos um protocolo extremamente rigoroso, quando realizamos dois exames clínicos, mais um exame de fluxo sanguíneo cerebral, como o doppler com arteriografia, ou de atividade elétrica, como o encefalograma, e uma série de outros procedimentos”, explica o coordenador-geral do Hetrin, Weber Tobias.

“Realizamos um ato de amor, pois a captação de órgão é isto: amor e generosidade que possibilita a continuidade da vida de quem está esperando por um órgão na fila”, ressalta Pollyana Bueno, gerente de enfermagem e coordenadora da Cihdott do Hetrin. Segundo ela, essa captação é um momento importante para a unidade, já que a comissão (Cihdott) foi instalada há pouco tempo.

Apoio emocional

Os profissionais do Hetrin são especializados e treinados para prestar apoio emocional à família e oferecer a possibilidade de doação de órgãos e tecidos.

“Apesar de ser um momento difícil, os familiares tiveram a sensibilidade de respeitar o desejo do paciente e autorizar a doação. Por isso, é muito importante que as famílias conversem sobre o desejo de ser um doador de órgãos e tecidos, pois este ato pode salvar vidas”, afirma Vânia Fernandes, diretora do Hetrin.

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