Goiás tem o menor índice de perdas de água do país
Goiás aparece em destaque na nova edição do estudo “Perdas de Água 2023 (Snis 2021): Desafios para Disponibilidade Hídrica e Avanço da Eficiência do Saneamento Básico no Brasil” como o estado com o menor índice de perdas de água na distribuição do Brasil.
O documento, elaborado a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis, ano base 2021), foi divulgado no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados.
No ano de referência (2021), a média nacional de perdas foi de 40,3%. Isso que significa que, de cada 100 litros de água disponibilizados pelos prestadores de serviços, apenas 59,7 são contabilizados como utilizados pelos consumidores.
Goiás, enquanto isso, marcou apenas 28,5%, sendo o único estado brasileiro com índice abaixo de 30%. A título de comparação, o segundo colocado foi Mato Grosso do Sul, com 33,4%. No balanço entre os 27 estados, mais da metade apresentou índice de perdas maior do que a média brasileira.
A Saneago tem atuado intensamente para reduzir cada vez mais esses números. Diversas ações, como grandes forças-tarefas de caça a vazamentos ocultos, gestão das pressões manométricas e setorização das redes de distribuição, estão constantemente em andamento nos municípios atendidos pela companhia.
Conforme o estudo do Trata Brasil, o nível de perdas de água constitui um índice fundamental para medir a eficiência dos prestadores de serviço em atividades como distribuição, planejamento, investimentos e manutenção.
Entre algumas causas de perdas, estão vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. Dessa forma, conceitualmente, as perdas na distribuição correspondem ao volume de água disponibilizado, mas não contabilizado como utilizado pelos consumidores.
Ao meio ambiente, a redução dessas perdas implica disponibilidade de mais recurso hídrico para a população sem a necessidade de captação em novos mananciais.
Destaques municipais positivos
A capital de Goiás, Goiânia, e a segunda maior cidade do estado, Aparecida de Goiânia, também têm evidência no estudo elaborado pelo Instituto Trata Brasil. Ambas foram apontadas entre os destaques municipais positivos, com índices de 19,5% e 22,8%, respectivamente.
Para fazer essa classificação, o documento considerou aqueles municípios cujo índice já está abaixo de 25%, ou seja, encontram-se dentro nos padrões de excelência em perdas na distribuição estabelecidos como meta para 2034 pela Portaria 490/2021 do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).