Operação combate fraude com promessa de casa própria

Nove pessoas foram presas por crimes de estelionato, que consiste em ludibriar vítimas com promessas de casa própria ou terreno na zona rural (Fotos: Divulgação/PC)

Operação da Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), realizada nesta quinta-feira (22), prende nove pessoas investigadas por crimes de estelionato, que consistia em ludibriar vítimas com promessas de casa própria ou terreno na zona rural.

Segundo o delegado Gil Bathaus, coordenador da operação, os mandados foram cumpridos no município baiano e nas cidades goianas de Uruaçu, Aparecida de Goiânia, Trindade, Itaberaí, Silvânia e São Miguel do Araguaia, com o apoio das respectivas unidades de Polícia Civil.

Casa própria

Além disso, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas localidades. O grupo é investigado por cooptar pessoas de origem humilde, com a promessas de favorecimento em sorteio de casas populares ou terras para cultivo.

“A operação teve início no mês de maio, quando recebemos denúncia de uma associação criminosa voltada para prática de crimes de estelionato. Procedemos a investigação e constatamos que os investigados usavam o nome da Agehab e do Incra para conseguir filiados alegando que quem fosse ligado ao projeto Colônia Social ou a CTR Brasil teria facilidade no sorteio das casas pela Agehab ou na doação de terras pelo Incra, fato que não procede de forma alguma e esses órgãos não tem envolvimento nenhum nisso”, afirmou o delegado Gil Bathaus.

De acordo com as investigações, o chefe da organização criou duas associações com a suposta finalidade e cobrava inscrição e mensalidade das famílias inscritas.

“A maior parte dessas pessoas são humildes, sem condições financeiras ou de instrução. Em uma associação, era prometida a casa e, em outra, um pedaço de chão”, comenta Bathaus. A tática deu nome à operação, batizada de “Ilusão”.

Agehab

“É importante deixar bem claro que a Agehab não tem parceria com nenhuma espécie de instituição, apenas com prefeituras e que toda ação é gratuita seguindo o regramento e os chamamentos que ocorrem de forma pública. Não existe qualquer chance da Agehab ter favorecimento, pois utilizamos sorteio, que é totalmente auditado pelo Ministério Público, esses sorteios são de famílias que se cadastraram seguindo o regramento”, explicou o diretor de Regularização Fundiária e Desenvolvimento Social da Agehab, Bruno Pinheiro.