PCGO, PCMG e PRF prendem quadrilha suspeita de roubos de cargas
Em ação integrada, a Polícia Civil de Goiás, Polícia Civil de Minas Gerais e a Polícia Rodoviária Federal desarticularam uma organização criminosa, investigada por mais de 20 roubos de cargas de bebidas. Os crimes causaram prejuízos que ultrapassam R$ 5 milhões às empresas vítimas. Ao todo, três pessoas foram presas. Também foram apreendidas armas de fogo e munições de uso restrito durante o cumprimento dos mandados judiciais.
De acordo com o delegado Alexandre Bruno de Barros, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), os crimes eram praticados no trecho que liga os dois estados, com a participação do motorista. “Essa organização criminosa, bem estruturada, agia no centro-sul de Goiás e no Triângulo Mineiro. Era estelionato em que esses motoristas, orientados por empresários, desviavam essas cargas, comercializando esses materiais bem abaixo do valor de mercado”.
O esquema criminoso passou a ser apurado após o registro de um roubo, em Minas Gerais. Um dos suspeitos de participação foi detido. As equipes policiais conseguiram então identificar os demais integrantes do grupo, que seriam empresários. Segundo o delegado Marcelo Marcelino, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) da PCMG, os suspeitos levavam vida de luxo, com o dinheiro das subtrações.
“No levantamento com relação às pessoas, pudemos ver, pela qualidade de vida, carros e condomínios fechados, como a vida deles era muito boa. Na verdade, eles tentam fazer esse tipo de ação longe de onde moram justamente para, depois, eles ficarem na tranquilidade em suas residências, mas a nossa integração acabou com isso. Essa parceria é muito importante e os suspeitos não contavam com ela”, pontuou.
O inspetor da PRF, Régis Alves, também destacou a importância da ação integrada entre as forças de segurança estaduais e federais, que tem resultado na desarticulação de diversas quadrilhas que atuam nas rodovias. “Por isso temos a parceria com a Decar da Polícia Civil de Goiás há muito tempo, para evitar eles acharem que vão cometer um crime em outro estado e vão ficar impunes. Fica o conselho: motorista que acha que vai lograr êxito fazendo esse tipo de atividade, saiba que estamos de olho bem aberto”.
A operação recebeu o nome de “Viajantes” por conta das diversas viagens que eram realizadas pelos membros da organização criminosa. Os suspeitos faziam o percurso entre Goiás e Minas Gerais de forma frequente, para o cometimento dos crimes.