HGG participa de nova etapa do Projeto Recomeçar
Dezessete mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica vão passar por cirurgias plásticas de reparação na segunda etapa do Projeto Recomeçar. Quatro procedimentos serão no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em parceria com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Na primeira edição do projeto, em março, foram atendidas 14 pessoas, cinco delas no HGG.
O termo aditivo para a segunda etapa do projeto foi assinado recentemente. A parceria entre a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), o TJ-GO e Fundação de Ações Humanitárias da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Fundação Ideah), engloba também a Secretaria de Saúde de Goiânia. As pacientes já passaram pela primeira consulta de avaliação e indicação das cirurgias.
Projeto Recomeçar
No HGG, a ação é feita com a participação de cirurgiões plásticos, residentes, anestesistas, enfermeiros, técnicos, entre outros profissionais voluntários. Os procedimentos estão em conformidade com a Lei Federal n°13.239, de 30 dezembro de 2015, que dispõe sobre a oferta e realização, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher.
As seis selecionadas para os procedimentos cirúrgicos foram atendidas pela equipe do HGG e avaliadas por quatro médicos residentes e um preceptor, o médico Carlos Gustavo, sob coordenação e orientação do chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da unidade, Sergio Augusto da Conceição.
Duas delas não se encaixam no perfil para serem operadas e as outras quatro já foram encaminhadas para realização de exames pré-operatórios.
Cidades
As selecionadas para o projeto são de Jataí, Aparecida de Goiânia, Nova Crixás, Quirinópolis e Formosa. Elas já foram avaliadas pelos chefes das áreas de cirurgia plástica e residentes das instituições parceiras. A seleção das mulheres ocorreu por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ-GO. Outras vítimas também terão a oportunidade de passar por uma triagem para a realização de cirurgias reparadoras.
O médico do HGG, Sérgio Augusto da Conceição, ressalta que esse primeiro contato é válido para conhecer as pacientes. Os médicos conhecem as histórias, queixas e relatos das pacientes e podem entender e triar as reais necessidades.
As pacientes que não atenderam aos critérios do programa de correção das sequelas físicas foram encaminhadas e orientadas para os procedimentos que necessitam.
“Este é um projeto muito importante que visa retomar a autoestima e a qualidade de vida das mulheres que foram vítimas de violência”, destaca o médico.