Iniciativas científicas da UFG e UFJ são aprovados com orientação do governo

Projeto Arquitetônico do CDCC Casarão da UFJ. A área no entorno do Casarão será revitalizada, visando a construção de um espaço aberto com temática científica (Foto: UFJ)

Por intermédio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), foram aprovados, no Programa Praças da Ciência em Museus e Centros de Ciência e Tecnologia e Espaços Científicos Culturais, os projetos da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade Federal de Jataí (UFJ).

A iniciativa científica é da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI). O resultado preliminar das propostas habilitadas foi divulgado no dia 26 de maio, no site da instituição

O objetivo do programa é fomentar projetos de implantação de espaços públicos lúdicos que integrem o conhecimento aos brinquedos, trabalhando os conceitos de ciência, física, matemática, educação ambiental, sustentabilidade e cidadania nas brincadeiras de criança. Juntos, os dois projetos aprovados receberão um investimento de quase R$ 600 mil do órgão federal.

Praças da Ciência

Durante todo processo, as equipes das universidades foram orientadas pelo time da Secti. A subsecretária de Inovação e Desenvolvimento Sustentável, Sheila Pires, explica que desde o lançamento do Radar de Editais, no ano passado, a secretaria vem monitorando oportunidades para o estado e incentivando a participação dos atores do ecossistema de inovação.

“Além de identificar essas possibilidades, também estamos fazendo o acompanhamento e orientação dos projetos. É um trabalho de mentoria que tem o objetivo de aumentar o número participações, assim como qualificar esses projetos para que eles sejam aprovados”.

Para a subsecretária, a participação nestes editais traz muitas vantagens para Goiás, como a oportunidade de trazer mais recursos e a possibilidade de trocar experiências com outros estados e entre os municípios.

“Ao participar desses processos, Goiás também se torna conhecido, despertando a atenção dos avaliadores, por exemplo, que começam a dar mais atenção aos nossos projetos. Além disso, esta é uma forma de fortalecer nosso ecossistema, construindo as bases para ambientes de inovação mais profissionais”, pondera Sheila.

Revitalização

O projeto apresentado pela Funape prevê a revitalização e ampliação do Pátio da Ciência, que está localizado no Campus Samambaia da UFG, com custo estimado em R$ 543 mil, sendo quase R$ 300 mil com contrapartida da Finep.

Já o projeto da UFJ prevê a construção de um espaço lúdico voltado para ciência no Casarão, ponto conhecido pela comunidade que fica dentro da universidade. Este espaço receberá o investimento de R$ 375 mil, sendo quase R$ 300 mil oriundos do edital.

Pátio da Ciência

O projeto da UFG contempla a instalação de experimentos externos no espaço do Pátio da Ciência, que fica no Campus Samambaia. O espaço existente também será revitalizado e algumas peças do acervo serão restauradas.

A nova praça terá cerca de dez experimentos voltados para astronomia, física, matemática, química e biologia.

O professor do Instituto de Física da UFG, Marcus Carrião, explica que a ideia é criar uma extensão do Pátio da Ciência com experimentos que ficarão disponíveis e abertos para população.

“Hoje o Pátio da Ciência já oferece a apresentação de experimentos científicos com apresentação dos monitores. Então, pensamos em novos experimentos interativos e autoexplicativos com os quais o público pode interagir sem a presença dos monitores”.

Entre os experimentos está um gerador do tipo dínamo associado à uma bicicleta fixa com geração de energia, que estará associado a outro experimento: o disco de Newton, que permite a visualização do fenômeno da composição da luz branca.

Também serão construídos um termômetro de Galileu, para exemplificar conceitos de termologia, e um relógio solar, para tratar do tema da astronomia.

Abordando a ecologia, propõe-se a construção de uma colônia de formigas em ambiente artificial. No campo da matemática, será construído um ábaco em grande escala.

Outra instalação permitirá a interação do visitante com instrumentos de óptica, como lentes e espelhos, que permitirão a visualização de imagens invertidas, ampliadas, reduzidas e deformadas.

Ciência no Casarão

A Praça da Ciência da UFJ fará parte da estrutura do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) Casarão, juntamente com o Parque da Ciência, formando um complexo de aproximadamente 25 mil metros quadrados.

A área no entorno do Casarão será revitalizada, visando a construção de um espaço aberto com temática científica.

O projeto de revitalização prevê, entre outras melhorias, a instalação de uma passarela em estrutura metálica na qual o usuário poderá fazer um percurso por estruturas que representam os planetas do sistema solar.

De acordo com a pró-reitora de Extensão, Cultura e Esporte da UFJ, Ludmila Grego Maia, o CDCC Casarão vai promover e incentivar o conhecimento científico e tecnológico de maneira lúdica.

“Este espaço vai melhorar a integração entre a universidade e a sociedade, permitindo uma troca de experiências, principalmente com crianças e jovens estudantes. Queremos mostrar nossas ações e despertar interesse deles pela ciência”.

Neste contexto, o edital contemplará a instalação de quatro equipamentos educativos na estrutura física da Praça da Ciência do CDCC: a alavanca, o basquete giratório, bicicletas geradoras e a gangorra para cadeirantes.

A alavanca, com dois tubos metálicos acoplados e uma cadeira, tem o intuito de demonstrar a força mínima aplicada necessária para levantar um corpo no ponto oposto é menor.

O basquete giratório comprova que arremessar a bola estando parado em um alvo também parado é diferente de arremessá-la quando os dois estão em movimento.

As bicicletas geradoras, sendo uma de pedal e uma de mão (adaptada para cadeirantes), vão demonstrar o fenômeno da geração e transformação de energia. Já a gangorra para cadeirantes tem o objetivo de demonstrar como forças e distâncias se combinam para produzir ou evitar rotações.

Saiba mais

Mais entidades se unem ao Pacto Goiás pela Inovação