OVG amplia tratamento com musicoterapia para idosos
Promover a saúde a partir de estímulos musicais capazes de trazer à tona boas lembranças e melhora do humor. Esse é o objetivo da musicoterapia, oferecida pelo Governo do Estado aos idosos que vivem nas Casas-Lares da Vila Vida e Sagrada Família, mantidas pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), em Goiânia. Mais que um passatempo, os idosos encontram na música um remédio que promete ajudar na concentração e no raciocínio lógico, promovendo a saúde intelectual.
A terapia, que começou a ser oferecida nesta semana, mudará a rotina dos moradores. O momento será conduzido semanalmente pelo musicoterapeuta, Caíke Morais, que já oferece o tratamento aos moradores da Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI), que funciona no Centro Sagrada Família.
As emoções despertadas pela música são diversas e englobam desde a nostalgia de tempos passados até o ritmo contagiante de um novo estilo musical, além de despertar nos idosos a confiança em explorar um talento até então desconhecido. Para Louines Obregon, moradora da Vila Vida desde 2008, esse é um momento que ajudará a manter a lucidez e a alegria dos idosos. “Tenho certeza que esse momento musical implantado agora fará muito bem para nossa saúde, tanto física quanto mental. Eu mesma faço questão de participar toda semana, sem falta, e de chamar todos os meus amigos para virem cantar comigo”, disse empolgada com a oportunidade.
Quem também promete se deixar contagiar pelo poder curativo da música é o senhor João Neves, que vive no Sagrada Família há dois anos. Para ele, duas coisas não irresistíveis na música. “O pé quieto, quando toca um forrózinho, e a tristeza, quando toca uma música animada. É por isso que digo com toda a certeza que essa musicoterapia que começamos a fazer vai ter um resultado muito bom pra todos, não só para nós, que vivemos aqui, mas para todo mundo que estiver passando e puder ouvir as músicas”, contou às gargalhadas.
Feliz com a nova modalidade terapêutica oferecida aos idosos assistidos pelo Governo de Goiás por meio da OVG, a presidente de honra da Organização e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, primeira-dama Gracinha Caiado, diz que a música é o remédio mais suave que existe. “Eu costumo dizer que a música é um remédio docinho que não faz mal a ninguém, mas que ajuda a todos que são contagiados por ela. Como muitos sabem, o governador Ronaldo Caiado é médico e, como profissional da saúde que é, compreende muito bem a importância da musicoterapia para a melhora física e psicológica dos pacientes”, comenta.
Pensando nisso, o Governo de Goiás decidiu implantar esse tratamento complementar nos Centros de Idosos Vila Vida e Sagrada Família, onde a OVG atende em média 443 idosos por mês, dos quais 105 são moradores. “Nossa missão é tornar a vida de cada um deles ainda mais feliz e realizada”, defende Gracinha Caiado.
Para que a musicoterapia tenha o resultado esperado, é importante que seja conduzida por um profissional habilitado. Nas unidades da OVG, o responsável por esse tratamento complementar é o musicoterapeuta Caíke Morais. Ele destaca que é uma forma de tratar os pacientes através da música, mas que isso não substitui o tratamento convencional. “Essa é uma terapia de extrema importância para a população idosa, uma vez que revigora a saúde intelectual ao mesmo tempo em que eleva a autoestima e o desejo por viver. A resposta é visível desde a primeira intervenção, o que comprova a eficácia da música na saúde geral dos idosos”, garante Caíke.
Projeto Coral Vila Vida
Mais que apenas um momento de terapia musical, os idosos foram convidados a fundar um Coral. Composto pelos moradores da Vila Vida, o grupo se reunirá para ensaios semanais. A grande apresentação será realizada na inauguração da reforma da área de lazer do Centro de Idosos, com data a ser definida.
As canções interpretadas pelos idosos-artistas foram escolhidas por eles mesmos e o espetáculo será apresentado apenas aos colaboradores da unidade, como medida de prevenção à Covid-19.
Para a diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, essa é uma oportunidade para que os moradores da Vila Vida possam fazer a diferença no local onde vivem. “Sempre que converso com nossos idosos, tenho a graça de aprender muito com cada um deles. Uma coisa que me pedem é que possam realizar alguma atividade para se sentirem ativos e indispensáveis. Foi por isso que pensamos na possibilidade da criação do Coral Vila Vida, que estimulará os moradores a participarem da musicoterapia, ao mesmo tempo em que fará deles artistas essenciais para a manutenção do projeto”, destaca Adryanna.