Atleta de Goiás recebe convocação oficial para as Paralimpíadas de Tóquio

O arqueiro Hélcio Luiz é apoiado por meio do Pró-Atleta, programa de incentivo ao esporte de alto rendimento, e vive a expectativa de disputar os Jogos Paralímpicos pela primeira vez, aos 52 anos de idade (Foto: Mariano Ríos Ávila)

A primeira semana de maio iniciou com uma ótima notícia para o esporte goiano. O atleta Hélcio Luiz, do tiro com arco paralímpico, recebeu nesta segunda-feira (3) a convocação oficial para representar o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, que serão disputadas entre os meses de agosto e setembro, no Japão. O arqueiro é apoiado pelo Governo de Goiás, por meio do Pró-Atleta, programa de incentivo ao esporte de alto rendimento, e vive a expectativa de disputar os Jogos Paralímpicos pela primeira vez, aos 52 anos de idade.

“Disputar Paralimpíadas ou Olimpíadas é o ponto alto de qualquer atleta no mundo. É um sonho antigo que vou poder realizar agora. Trabalhei muito nesse ciclo paralímpico para conseguir atingir esse objetivo, agora é intensificar o ritmo de treinamento para chegar ao Japão bem preparado”, analisou Hélcio.

O goiano foi surpreendido pela convocação agora no mês de maio. Estava prevista a participação no mês de julho de um torneio qualificatório na República Tcheca, que iria definir os últimos classificados para Tóquio. No entanto, a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) optou por não mandar representantes brasileiros para a competição, em virtude das dificuldades em relação à pandemia de Covid-19, antecipando a lista oficial.

A classificação de Hélcio se deu pelos índices atingidos em participações de competições anteriores, como o Campeonato Mundial na Holanda, em 2019, e o Parapan-Americano do México, em março de 2021, onde conquistou a medalha de prata. O arqueiro é o atual recordista brasileiro na categoria W1, com 563 pontos.

“Eu tinha muita confiança que a vaga viria, mas não esperava que a convocação seria feita nesse momento. Foi uma surpresa muito boa. Já estava com a cabeça em Tóquio, mas a gente sempre quer ver a convocação oficial no papel. Agora é aproveitar ao máximo esses três meses de preparação antes de ir para o Japão”, planejou o goiano, que deve realizar uma sessão de treinos de 15 dias antes de embarcar para o Japão.

Hélcio iniciou sua trajetória com o tiro esportivo. Na modalidade se sagrou tricampeão brasileiro e foi bronze no Campeonato Mundial da Austrália, em 2015, brigando até o fim por uma vaga nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. No ano seguinte partiu para um novo desafio, migrando para o tiro com arco paralímpico, onde não demorou a conseguir resultados positivos. “Eu consegui aproveitar os fundamentos do tiro esportivo, que eu praticava antes, me adaptando muito bem ao tiro com arco”, destacou o atleta.

Em pouco mais de quatro anos no tiro com arco, Hélcio também já se sagrou campeão estadual e brasileiro, além de ter conquistado duas medalhas de bronze nos Torneios de Ranking Mundial de 2018 e 2019, nos Emirados Árabes e Estados Unidos, respectivamente, e duas pratas nos Parapan-Americanos de 2018 e 2021, na Colômbia e no México.

Na trajetória deste ciclo paralímpico, o atleta goiano contou com o auxílio do Pró-Atleta para custear despesas com treinamentos e competições. “O tiro com arco é uma modalidade com equipamentos caros. Então para conseguir me manter em um nível alto de competição e treinamento nesses últimos quatro anos, esse apoio foi fundamental”, afirma o atleta goiano.

Outros atletas

O tiro com arco também terá outros representantes goianos nas Paralimpíadas de Tóquio. Jane Karla se prepara para levar a bandeira de Goiás aos Jogos Paralímpicos pela quarta vez. Em 2008 e 2012 ela participou das disputas do tênis de mesa. Em 2015 trocou a raquete pelo arco, competiu nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, e em 2019 carimbou o passaporte para o Japão, ao conquistar o sexto lugar no Campeonato Mundial. Já Andrey Muniz, nascido no Paraná, mas que mora em Goiânia há cerca de 25 anos, carimbou seu passaporte ao conquistar a prata no Parapan-Americano do México, em março, e confirmar presença nos Jogos Paralímpicos pela segunda vez, já que também esteve na edição do Rio de