Mundo Novo busca reconhecimento para exportar melancia

Propriedade rural de Mundo Novo recebe acompanhamento de fiscais da Agrodefesa com vistas à exportação de melancia (Fotos: Wenderson Araújo)

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) fez levantamento fitossanitário da praga Anastrepha grandis em cultivo de melancia, em uma propriedade rural de Mundo Novo.

O foco é obter o reconhecimento do município no combate à praga e com isso possibilitar a exportação da fruta.

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, ressalta que, para o reconhecimento de novos municípios no Sistema de Mitigação de Risco (SMR), o produtor interessado deve realizar levantamentos fitossanitários por período mínimo e ininterrupto de seis meses.

O período deve ser acompanhado por um Responsável Técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa. Após os seis meses, a Agência elabora um projeto com os dados obtidos e encaminha ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que possui a decisão final.

Melancia

Atualmente, Goiás possui o reconhecimento oficial de 16 municípios aptos à exportação:

  • Carmo do Rio Verde;
  • Itapuranga;
  • Jaraguá;
  • Uruana;
  • Rio Verde;
  • Maurilândia;
  • Santa Helena de Goiás;
  • Cristalina;
  • Ipameri;
  • Goianésia;
  • São Miguel do Araguaia;
  • Edealina;
  • Luziânia;
  • Nova Crixás;
  • Rubiataba;
  • Porangatu.

Neste ano de 2023, além de Mundo Novo, o município de Jussara está em fase de reconhecimento. Goiás é o terceiro maior produtor de melancia do País – atrás de Rio Grande do Norte e São Paulo

É o oitavo em exportação da fruta, de acordo com dados da Radiografia do Agro em Goiás, publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Por ano, são produzidas mais de 227 mil toneladas no estado, em uma área de quase 5,5 mil hectares. Em relação à exportação, Goiás registrou quase 2,3 mil toneladas em 2021, segundo dados do Agrostat, do Mapa, com volume de US$ 108,1 mil.

Fitossanidade

De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o trabalho de fitossanidade resulta em maior produção e produtividade em campo, além de competitividade para a fruticultura goiana e qualidade do produto que chega à população.

“Quando adotamos as medidas e os controles corretos, conseguimos evitar a proliferação de pragas e doenças que podem prejudicar as lavouras e causar prejuízos econômicos para produtores e municípios. Com isso, produzimos frutas de qualidade para consumo interno e exportação”, enfatiza.