Há mais de um ano, um cenário desolador se abateu sobre nós. Fomos obrigados a vivenciar um fato histórico: o enfrentamento de uma pandemia que já registrou mais de 2,5 milhões de mortes no mundo (mais de 275 mil só no Brasil), forçou o isolamento de convívio, econômico e territorial de nações altamente globalizadas.
Também aumentaram as mazelas sociais que evidenciaram a vulnerabilidade do consumidor nesses infindáveis dias de flagelo, já que a maioria dos contratos decorrentes deste tipo de relação, como os de escolas, eventos, viagens, entre outros, foram interrompidos em seu curso.
Do mesmo modo, não podemos perder de vista a constatação de agravamento dos danos ao consumidor em face de ações criminosas de alguns fornecedores que viram nesse contexto a ocasião ideal para majoração de seus lucros através de práticas abusivas, conforme anota o Código de Defesa do Consumidor.
Neste cenário, desde o primeiro momento, recebemos orientações do governador Ronaldo Caiado para que o Procon Goiás atuasse com firmeza e responsabilidade na defesa dos consumidores goianos. Sem, contudo, estigmatizar nichos comerciais e prestadores de serviço que, responsavelmente, também sentiam os efeitos dessa crise que se abateu sobre seus negócios.
O resultado é que o órgão nunca foi tão demandado. E com o envolvimento dos nossos dedicados servidores, ao longo de 2020, atingimos um recorde histórico: foram cerca de 320 mil atendimentos, 54,12% a mais do que 2019.
Só o Procon Web, nossa plataforma virtual de atendimentos, absorveu mais de 96 mil registros – crescimento de 60% ante 2019. Uma procura grande, uma vez que o atendimento presencial ficou suspenso por sete meses até o seu retorno à rotina presencial, após agendamento.
Por meio do trabalho incansável dos nossos fiscais conseguimos combater as “ondas artificiais” de elevação nos preços de produtos indispensáveis para prevenção à Covid-19, como álcool em gel, máscaras e luvas descartáveis. Também foi assim nas várias diligências para coibir o aumento nos preços dos alimentos da cesta básica, itens da construção civil e combustíveis.
São muitos dados e números a divulgar no ensejo deste dia 15 de março, Dia do Consumidor. Porém, em tempos de agravamento da Covid-19, não há clima para comemoração. Mas, silenciosamente, renovamos nossa esperança de que dias melhores virão e teremos oportunidades para celebrar esta data memorável.
Nesta data, dediquemo-nos aos cuidados e obediência às orientações das autoridades públicas de saúde. Afinal, não há dia festivo ou relação de consumo sem consumidores saudáveis.