Amado pela maioria dos brasileiros, o café é um produto que está na mesa da grande parte da população todos os dias. É a segunda bebida mais consumida do mundo, só perde para a água e, além disso, tem uma importância econômica mundial.
A cultura cafeeira possui um produto de alto valor agregado, o que exige uma grande estruturação do setor para que tenha a rentabilidade pretendida. Essa estruturação deve começar no campo, onde a preferência pela qualidade pode nortear a produção, do plantio à colheita. Com recorrentes inovações tecnológicas, a produção rural deve se atentar cada dia às novas ferramentas que tornam a gestão mais eficiente e simplificada, bem como possibilita o aumento de produtividade ao passo que tornam os sistemas cada dia mais sustentáveis.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Esse excelente resultado decorre, principalmente, da cultura do café ter sido implementada no Brasil há muitos anos, de produzirmos um grão de excelente qualidade e termos condições climáticas, de solo e tecnologia que nos proporcionam altas produtividades. Segundo levantamentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 28,7% da produção mundial de café.
No mercado internacional, em 2020, as exportações do café brasileiro ultrapassaram 1,7 milhão de toneladas, somando mais de US$ 3,8 bilhões, representando 4,9% das exportações de produtos do agro. No último ano o café brasileiro teve como principais destinos os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália, que juntos, demandaram 52,1% do volume exportado neste ano.
O mercado para os diversos tipos de café mostra-se promissor, mas também exigente. A busca pela competitividade é condição para o sucesso da atividade nos âmbitos interno e externo, constituindo desafio constante. Devem-se buscar intensificar esforços no sentido da diferenciação do produto no mercado cada dia mais exigente. No café, como na totalidade dos alimentos, qualidade é uma exigência dos mercados, assim como características na produção e suas relações com os princípios de qualidade, localização geográfica, tradição e busca pela sustentabilidade, comércio justo, entre outros.
Goiás tem uma grande oportunidade devido às altas produtividades e qualidade do café, características confirmadas pelo alto índice de exportações para o mercado europeu, extremamente exigente. O Estado possui a maior produtividade média de café arábica do País e uma excelente qualidade de grãos, com sistema de produção de alta tecnologia e de plantio em área irrigada, o que explica o excelente desempenho produtivo. Os ganhos na produtividade, decorrentes das boas condições climáticas, tecnologia e da prática de irrigação permitem a obtenção de vantagens e diferenciação em relação aos custos e qualidade do produto, colocando o estado como um grande potencial de expansão de produção.
Em 2020, Goiás produziu 14,43 mil toneladas em uma área de 6.152 hectares e ocupa o 7ª lugar no ranking nacional. Para as próximas safras, a perspectiva é de crescimento da produção no Estado, uma vez que, segundo a Conab, as áreas de cafezais em formação chegam a 1,6 mil hectares, um aumento de 26,5%, em relação a 2019. O Governo de Goiás reconhece o potencial dessa cadeia produtiva e busca fortalecer e desenvolver a cafeicultura no nosso Estado. Até porque é uma atividade que resulta em emprego e renda no campo. Além disso, é difícil encontrar um goiano que não aprecia essa bebida. Por isso, nesta quarta-feira, 14 de abril, quando comemoramos o Dia Mundial do Café, o que podemos desejar a todos é um café bem quentinho, de preferência servido com uma pamonha, a gosto do consumidor.