Com apoio da Emater, produção de morango se destaca em Águas Lindas
O Cerrado goiano tem se consolidado como um polo fruticultor no Centro-Oeste, a produção de morango é um dos destaques. Nos últimos dez anos, a cultura cresceu de forma consistente. Hoje abastece mercados em Goiás e é exportada para Tocantins, Pará e Amazonas.
Em Águas Lindas de Goiás, no leste do estado, agricultores familiares contam com o apoio técnico da Emater para adotar novas tecnologias e aprimorar sistemas de produção, o que tem impulsionado o desempenho da atividade. A safra anual já supera 60 toneladas.
A maior parte do cultivo se concentra na região rural conhecida como Padre Lúcio. Entre as variedades cultivadas estão portola, camarosa, festival, fênix e sevilha. De acordo com o técnico local da Emater, Daniel Pereira dos Santos, o trabalho começa antes mesmo do plantio.
“Fazemos a análise do solo, auxiliamos na escolha da área e das variedades, no preparo, no plantio, no manejo da irrigação e no acompanhamento de todo o ciclo”, explica.
Além da assistência técnica contínua, a Emater orienta os produtores para acesso a políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) estadual, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e linhas de crédito rural como o Pronaf.
Segundo Daniel, a região oferece condições climáticas ideais para o cultivo da fruta, com temperaturas entre 20°C e 26°C, noites frias e dias quentes.
“A partir da florada, cerca de 60 dias após o plantio, o morango produz de forma contínua até dezembro, podendo estender o ciclo. Cada planta pode render até dois quilos de frutas ou mais”, ressalta.
Histórias que inspiram
Depois de 15 anos trabalhando como caseiro, Raimundo Pereira da Silva, 56 anos, comprou uma chácara em 2009 e decidiu investir no cultivo de morangos, contando com o apoio da Emater e da família. O agricultor mantém mais de 35 mil pés das variedades portola e festival, empacotando cerca de 15 mil caixas por ano.
“A Emater ajuda em tudo: na análise do solo, no acesso ao crédito e na orientação técnica. Toda a minha família participa da produção, e já estamos inseridos em programas como o PAA e o PNAE. Nosso morango chega a vários estados da região Norte”, conta Raimundo.
Outra história de sucesso é a de Joatã Rodrigues de Freitas, 35, que representa a segunda geração de produtores da família. Ele começou ajudando o pai aos 7 anos e hoje cultiva as variedades festival, portola e fênix.
“O morango é uma fruta de grande aceitação e ideal para ser trabalhada em família, porque exige dedicação de todos. De junho a setembro, embalamos até 1.200 caixas por semana. É um trabalho que garante renda e fortalece os vínculos familiares”, afirma.
Joatã também destaca a importância da assistência da Emater.
“Recebemos orientações sobre insumos, tecnologias e práticas que fortalecem o negócio e preparam o caminho para as próximas gerações.”
