Conheça as histórias das motoristas de ônibus da Metrobus
Elas são responsáveis por transportar milhares de goianos todos os dias nas linhas do Eixo Anhanguera. Marta Barbosa da Silva Ribeiro, 51 anos, Aparecida Contini, 45 anos, Vanezia de Araújo Moura, 44 anos, e Andreia Felix Vaz, 38 anos, são as motoristas da Metrobus. Em homenagem ao Mês das Mulheres, conheça a história das profissionais que estão todos os dias no trânsito da Região Metropolitana com a missão de garantir uma boa viagem para todos os passageiros.
Em comum, elas sempre sonharam dirigir ônibus, profissão ainda com a presença maior de homens no mercado, mas na qual as mulheres ano a ano estão ganhando mais espaço. Marta Barbosa, por exemplo, tirou a carteira de motorista no início dos anos 1990 e começou a trabalhar com veículos pesados por incentivo do marido. “É uma paixão da vida toda, mas fui pegando gosto em casa quando surgia uma oportunidade de manobrar um caminhão”, recorda-se.
Depois de vários anos dirigindo caminhões e tratores, Marta decidiu tentar trabalhar no transporte coletivo de Goiânia e, desde 2014, está na linha do Eixo. “É gratificante fazer a minha jornada de trabalho. Exerço a minha profissão com a maior responsabilidade do mundo porque muita gente depende de mim ao volante. Sempre agradeço ao fim do dia por mais uma jornada sem nenhum acidente. Amo o que faço e lutei muito para conquistar esse espaço”, comemora.
A paixão pela direção também levou Vanezia Moura para o transporte coletivo. Há quase dez anos, desempregada, foi como passageira que despertou a vontade de dirigir ônibus. Em conversa com o motorista, ela perguntou o que precisava fazer para seguir a mesma profissão. Como já era habilitada, o caminho foi mais fácil e rápido. “Fiz alguns cursos, depois enviei meu currículo para as empresas e em pouco tempo estava nas ruas”, conta ela, que desde 2016 está no Eixo.
Um dos primeiros desafios de Vanezia foi a falta de experiência, já que era sua primeira vez no coletivo. “Os primeiros 15 dias foram de aprendizado e hoje vejo o reconhecimento dos passageiros. No início, eu tinha um pouco mais de resistência do contato porque ficava com medo de sofrer algum tipo de preconceito, mas isso vem mudando, as pessoas já se deram conta que a mulher é tão capaz quanto os homens. O nosso lugar é onde a gente quer”, celebra.
Inspiração
Todos os dias, Andreia Vaz observava sua mãe no volante do carro da família e foi o que despertou o seu interesse pela profissão. “Ficava no banco de trás admirando ela e foi o que fez crescer a minha vontade de dirigir”, lembra ela, que pilota veículos de grande porte há mais de dez anos. Tudo começou com um anúncio de jornal sobre o curso de formação de motoristas. Ela, então, iniciou sua carreira como caminhoneira e após passar em um concurso público virou motorista de ônibus.
“É uma profissão de grande responsabilidade. É muito gratificante saber que estou conduzindo em segurança milhares de pessoas a seus destinos e, por isso, quando estou na direção estou sempre concentrada”, conta Andreia. Ao longo dos anos, ela também precisou lidar com a desconfiança dos passageiros. “No início, o pessoal achava estranho uma mulher na direção de um ônibus pesado, isso ainda existe, mas hoje é bem menor”, comenta.
Foi também dentro de casa que Aparecida Contini se apaixonou pela direção de veículos pesados. O exemplo foi o pai, que trabalhava como caminhoneiro. “Muitas vezes eu ficava escondida dentro do caminhão para poder sair com ele. Depois disso, foi crescendo um sentimento de querer seguir a mesma carreira”, lembra. Ela começou dirigindo ônibus coletivo em 2001 e depois de passar por algumas empresas trabalhou como caminhoneira e há dois anos entrou na Metrobus.