Drones aprimoram serviço da defesa agropecuária em Goiás

Equipamentos são utilizados desde ações de fiscalização, monitoramento e controle de pragas até vistorias de propriedades rurais para levantamento da quantidade de rebanho (Foto: Agrodefesa)

Para fortalecer o serviço de defesa agropecuária em Goiás, os profissionais da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) têm buscado cada vez mais o apoio da tecnologia, por meio do uso de drones (veículos aéreos não tripulados) em atividades de campo no estado.

Os equipamentos são utilizados desde ações de fiscalização, monitoramento e controle de pragas até vistorias de propriedades rurais para levantamento da quantidade de rebanho.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, ressalta que por terem câmeras e sensores de alta resolução, os drones oferecem uma visão aérea detalhada de áreas agrícolas e de pecuária.

“Esse monitoramento aéreo possibilita aumentar a eficiência no trabalho e reduzir tempo para as ações no campo. Isso permite ainda que os fiscais agropecuários possam identificar e checar, com precisão, informações obtidas sobre a agropecuária goiana”, explica.

Agência também investe no aprimoramento de habilidades profissionais para uso de drones, oferecendo capacitação aos fiscais estaduais agropecuários (Foto: Agrodefesa)

A Agência também investe no aprimoramento de habilidades profissionais para uso de drones, oferecendo capacitação aos fiscais estaduais agropecuários. Nos dias 29 e 31 de julho, servidores da Unidade Regional Rio Itiquira passaram por treinamento de pilotagem de drones, qualificação oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás).

O treinamento ocorreu na sede do Sindicato Rural de Formosa e envolveu profissionais que atuam em:

  • Alto Paraíso,
  • Cidade Ocidental,
  • Planaltina,
  • Teresina,
  • Santo Antônio do Descoberto
  • e Formosa.

A coordenadora da UR Rio Itiquira, Patrícia Silva Marques, explica que, com a qualificação, mais fiscais dos municípios abrangidos pela Unidade Regional poderão utilizar drones em atividades de rotina nas áreas de sanidade vegetal, animal, inspeção e fiscalização.

“É o caso da verificação do vazio sanitário da soja, contagem de rebanho sem a necessidade de confinamento total dos animais e inspeção e monitoramento de cavernas com a presença de morcegos hematófagos, que transmitem a raiva para os animais”, informa.

Drones são importantes aliados dos fiscais estaduais agropecuários na atividade de fiscalização. Aeronaves são empregadas para atender denúncias de abate clandestino e também para fazer contagem de rebanho e dimensionamento de áreas (Foto: Agrodefesa)

Denúncias

O gerente de Fiscalização Agropecuária da Agrodefesa, Janilson Júnior, acrescenta que os drones são importantes aliados dos fiscais estaduais agropecuários na atividade de fiscalização.

“Empregamos essas aeronaves principalmente para atender denúncias de abate clandestino, contagem de rebanho e dimensionamento de áreas, o que tem acelerado a conferência de rebanhos e a confirmação de abates clandestinos”, afirma.

Outra vertente

Com o crescimento da utilização de drones em operações aeroagrícolas no país, como dispersão de sementes, fertilizantes e defensivos nas lavouras, a Agrodefesa também atua por meio do registro de empresas prestadoras de serviço em aplicação terrestre e aérea de agrotóxicos, incluindo a operação com drones.

A Agência é o órgão responsável pela fiscalização do cumprimento da legislação estadual referente a agrotóxicos, seus componentes e afins, conforme consta na Lei Estadual nº 19.423/2016, regulamentada pelo Decreto Estadual nº 9.286/2018.

De acordo com o Decreto, o registro vale para efeito de funcionamento, habilitação, obtenção ou renovação de registro, em relação às pessoas físicas ou jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos ou que os produzam, comercializem, importem, exportem ou armazenem, bem como as Unidades de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos.

“O registro das empresas prestadoras de serviço é de suma importância para o controle e fiscalização por parte do estado, uma vez que existem normas para a aplicação de defensivos que devem ser observadas, especialmente em relação a determinados agrotóxicos”, complementa a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.

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