Entenda como funcionam os sistemas de abastecimento de água em Goiânia

São três sistemas produtores, que utilizam dois mananciais: Meia Ponte (captação superficial) e Mauro Borges/João Leite (água represada). O Sistema Meia Ponte é constituído pela Captação Meia Ponte e pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Meia Ponte, cuja capacidade de tratamento é de 2.000 l/s. Já o Sistema Mauro Borges/João Leite engloba a Barragem João Leite, a ETA Mauro Borges e a ETA Jaime Câmara – que têm capacidade de tratamento de 4.000 l/s e 2.000 l/s, respectivamente (Imagem: Saneago)

Goiânia conta com o abastecimento de água tratada universalizado, garantindo aos cidadãos goianienses o acesso ao serviço e, consequentemente, mais saúde e qualidade de vida. Essa realidade supera a média brasileira para o quesito: 83,3%, segundo o mais recente diagnóstico do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). São 7.696.213 de metros em extensão de redes de distribuição, que levam o benefício a mais de 1,5 milhão de pessoas. Mas você sabe quais são e como funcionam os sistemas de abastecimento da Capital?

São três sistemas produtores, que utilizam dois mananciais: Meia Ponte (captação superficial) e Mauro Borges/João Leite (água represada). O Sistema Meia Ponte é constituído pela Captação Meia Ponte e pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Meia Ponte, cuja capacidade de tratamento é de 2.000 l/s. Já o Sistema Mauro Borges/João Leite engloba a Barragem João Leite, a ETA Mauro Borges e a ETA Jaime Câmara – que têm capacidade de tratamento de 4.000 l/s e 2.000 l/s, respectivamente.

Em aspectos geográficos, o Sistema Meia Ponte abastece as regiões Norte, Noroeste, Oeste e Sudoeste de Goiânia. Já o Mauro Borges/João Leite faz o atendimento das regiões Leste, Central, Sul e Sudeste – além de parte de Região Norte, em paralelo ao Meia Ponte. A Capital conta com 125 reservatórios que armazenam mais de 250 milhões de litros de água tratada.

“Atualmente, o Sistema Mauro Borges/João Leite já é responsável por dois terços da produção da água distribuída em Goiânia e na Região Metropolitana. O setor operacional da Saneago está expandindo gradualmente essa zona de abrangência com o objetivo de diminuir cada vez mais a área de influência do Sistema Meia Ponte, que costuma sofrer drástica redução de vazão durante o período de estiagem”, pontua o gerente de Produção de Goiânia, Reigiele dos Santos, ao destacar que essa nova configuração será consolidada com a execução de obras já planejadas pela Companhia.

Em média, 66% da Capital é abastecida com água proveniente do Ribeirão João Leite, enquanto 34% tem origem no Rio Meia Ponte. O gestor explica que, para maior garantia da estabilidade no abastecimento dos goianienses, os sistemas estão hoje interligados, por meio de uma adutora de integração. Quando acionada – havendo necessidade durante a estiagem – essa adutora reforça o Sistema Meia Ponte com 800 litros por segundo.

Assim, é possível utilizar água reservada do João Leite para abastecer também bairros atendidos pelo Meia Ponte. Vale ressaltar que, neste ano de 2021, a Barragem do Ribeirão João Leite verteu (transbordou) por 96 dias – de 17 de fevereiro a 24 de maio – estando ainda com 76% da sua capacidade de reservação, o que aponta estabilidade no quadro de produção e distribuição de água tratada. 

Transparência

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulga, diariamente, a vazão do Rio Meia Ponte em seu portal eletrônico. Já no site da Saneago, está disponível uma Sala de Situação, onde é possível acompanhar os níveis dos reservatórios que abastecem toda a cidade de Goiânia, incluindo as regiões atendidas pelo Rio Meia Ponte e pelo Ribeirão João Leite.