Parto humanizado: direito garantido pelo SUS e realidade no HEMNSL
O parto humanizado representa uma conquista fundamental para as mulheres e seus bebês, promovendo o respeito, a autonomia e o cuidado individualizado. Essa abordagem, que prioriza o bem-estar físico e emocional da mãe e do recém-nascido, foi consolidada como programa oficial do Ministério da Saúde (MS) em junho de 2000. Desde então, vem transformando a assistência obstétrica no Brasil.
O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), referência no Sistema Único de Saúde (SUS), é um exemplo de como essa prática tem se consolidado, desde o final de 2022. A unidade adota diretrizes nacionais que garantem a humanização do parto, oferecendo um serviço materno-infantil de qualidade alinhado ao programa Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
Parto humanizado
Diferentemente da abordagem tradicional, que muitas vezes envolve intervenções médicas desnecessárias, o parto humanizado respeita o tempo do corpo da mulher, permitindo que o nascimento ocorra de forma natural, sempre que possível.
Nesse modelo, a gestante é encorajada a participar ativamente das decisões sobre o processo de parto, recebendo suporte de uma equipe multidisciplinar treinada para oferecer segurança e acolhimento.
No HEMNSL, as pacientes têm o direito de escolher um acompanhante para estar ao seu lado durante todo o processo, reforçando o apoio emocional e fortalecendo os vínculos familiares. Além disso, a equipe médica está sempre preparada para intervir, caso necessário, garantindo que tanto a mãe quanto o bebê estejam em segurança.
Acompanhada 24h por dia pela equipe de Enfermagem Obstétrica, a gestante tem ao seu alcance aromaterapia, musicoterapia, dança, cromoterapia, massagens, exercícios pélvicos – como uso da bola suíça e agachamentos -, exercícios respiratórios e banho morno diariamente em sua rotina.
“Cada método é flexível e pode ser adaptado, dependendo do período do trabalho de parto que a mulher estiver, respeitando sempre sua individualidade e protagonismo”, pontua o gerente de Enfermagem, Renato Graciano.
Desde que foi implantado, 5.086 partos foram realizados no HEMNSL, sendo 2.713 normais e 2.373 cesáreos.
“O momento do corte do cordão umbilical pode ser feito pelo acompanhante, minutos depois que o bebê vem ao mundo, se tornando uma oportunidade ímpar. Em seguida, o contato pele a pele é incentivado para aumentar o vínculo mãe e filho, além de auxiliar na estabilização dos batimentos cardíacos e respiração do recém-nascido. Por ser certificada como Hospital Amigo da Criança, a maternidade também faz a orientação sobre o aleitamento materno e o incentiva, desde a internação até a alta da mãe e do bebê”, afirma a coordenadora do Centro Cirúrgico, enfermeira Carla Silva.
A experiência no hospital
As mulheres que passam pelo parto humanizado no hospital relatam vivências positivas, marcadas pelo respeito às suas escolhas e pela atenção integral que recebem. Desde a admissão até o pós-parto, elas são acolhidas por profissionais capacitados, que asseguram um ambiente tranquilo e favorável para o nascimento.
“Cheguei à maternidade porque minha bolsa rompeu e fui muito bem atendida desde a recepção até a internação, que foi rápida e tranquila. Quero parto normal e apoio o parto humanizado. No pré-parto, o atendimento foi excelente. A equipe me acolheu, orientou e me ajudou com exercícios para aliviar a dor e melhorar as contrações. Foi uma experiência de cuidado e respeito que me fez sentir segura e bem assistida”, relata a operadora de caixa, Francilene Silva, de 19 anos.
“Fui atendida rapidamente quando cheguei ao hospital. Descobri que minha bolsa estava rompida e fui levada para o pré-parto, onde fiquei acompanhada o tempo todo. Minha mãe pôde estar comigo durante todo o processo, o que me trouxe muita força. A equipe foi muito atenciosa, me ajudaram até com um banho morno, que aliviou as dores e acelerou a dilatação. O cuidado e o apoio que recebi tornaram meu parto mais tranquilo e humanizado. E ainda recebi orientação sobre amamentação e a pega correta do bebê. Sou muito grata a todos”, avalia a dona de casa, Evilly Raíssa Gonçalves, de 18 anos.
(Texto: Marilane Correntino/ Assessoria HEMNSL)