Projeto chama atenção para os campos do Cerrado em Goiás

Beleza única das áreas campestres vem das pequenas plantas que crescem perto do solo (Foto: Semad)

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) lança o Projeto Campos do Cerrado, que se propõe a promover o conhecimento e a conservação dos campos e savanas do bioma.

O projeto nasceu da necessidade de se conservar os campos nativos e apresentar a vegetação à sociedade, destacando sua beleza e importância.

Em parceria com dois pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rafael Oliveira e Natashi Pilon, a Semad criou um website com informações sobre os campos e um manual prático para ajudar na identificação dessa vegetação por técnicos, consultores e proprietários rurais.

Campos do Cerrado

Os campos do Cerrado são uma vegetação rasteira formada por gramíneas, ervas e arbustos.

“A beleza única das áreas campestres vem dessas pequenas plantas que crescem perto do solo, sendo que quase não encontramos árvores nesse tipo de vegetação”, diz a bióloga Franciele Parreira Peixoto, analista ambiental da Semad e uma das coordenadoras do projeto

Franciele explica que as florestas são sempre mais valorizadas em detrimento das áreas campestres, e que as pessoas têm dificuldade em diferenciar campos nativos de pastagens, o que é a principal ameaça para a conservação dessas áreas, o desconhecimento.

Informação

Precisamos aprender a identificar essas paisagens e valorizá-las como um bem coletivo”, afirma Franciele. “O primeiro passo é trazer o conhecimento para aproximar e sensibilizar a população sobre as áreas campestres”, completa. “Queremos mostrar que os ambientes campestres e savânicos do Cerrado têm muito valor em termos de biodiversidade, além de segurança hídrica e climática para o planeta”, explicou.

Natashi Pilon, professora no Instituto de Biologia da Unicamp, celebrou a parceria com a Semad.

“Com esse projeto nós vamos conseguir atingir diversos públicos e conscientizar sobre a importância dos campos nativos”.

Link para o site do projeto