Projeto Mais Vida, Mais Viver melhora experiência do paciente

Equipe do Hetrin leva e acompanha pacientes da UTI para banho de som, no Mais Vida, Mais Viver (Foto: Isabela Maione)

A equipe multidisciplinar do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) implementou o projeto Mais Vida, Mais Viver com o intuito de retirar os pacientes da ventilação mecânica em um menor tempo, diminuindo as chances de prováveis sequelas e melhorando a experiência no processo de recuperação.

Integrados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), os profissionais da unidade de saúde do Governo de Goiás administrado pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) desenvolvem dispositivos de acordo com as necessidades dos pacientes.

Segundo a terapeuta ocupacional Thais Ribeiro, o mais importante é fazer o paciente se sentir motivado e entender que a UTI é apenas uma etapa do tratamento. Um exemplo desse cuidado é o uso de cunhas de posicionamentos para o paciente se sentir mais confortável.

Para a diretora do Hetrin, Vânia Fernandes, o principal objetivo do projeto é a retirada do paciente do leito com o intuito de melhoria e recuperação.

“Ainda que o paciente esteja com a ventilação mecânica, a saída do leito, quando prescrita corretamente pela equipe, auxilia de maneira exponencial no ganho da força muscular, além de diminuir o tempo de internação de uma maneira mais humanizada”, relata.

Banho de sol e atividades

Aos pacientes com avaliação médica positiva, o projeto oferece a integração social, levando-os para um banho de sol. Segundo o fisioterapeuta da UTI, Luís Paulo Vieira, tirar os pacientes do cuidado intensivo tem apresentado bons resultados àqueles com ventilação mecânica.

“O paciente ganha mais força e trabalha melhor as funções motoras e respiratórias. Isso facilita a retirada do respirador, que, posteriormente, o levará à alta”, afirma o fisioterapeuta.

Além do banho de sol, o projeto conta com atividades de pintura, jogos de imagem e raciocínio e treinos de atividades de vida diária (AVDs), promovendo maior independência aos pacientes.

Essas atividades incluem alimentação, banho, vestir e despir, pentear os cabelos e demais ações que exigem um maior esforço para pessoas acamadas e enfermas.

O coordenador da equipe multidisciplinar, Bruno Assis, explica que a perspectiva de criação do projeto é de proporcionar um momento de pertencimento ao paciente, pois faz parte do tratamento ressaltar a importância da equipe multidisciplinar.

“No momento em que o paciente recebe as abordagens do projeto, ele se distrai e ao mesmo tempo percebe seu corpo, suas funcionalidades e potencialidades. Isso, de forma geral, reacende no paciente a força para se reabilitar e, o quanto antes, ir para casa”, relata o coordenador.