Projetos para UTI reafirmam compromisso do HEF com cuidado humanizado

Na UTI, após diagnóstico de pré-eclâmpsia, Caroline Bomfim acalenta filho recém-nascido (Foto: Braz da Silva/Imed)

O Hospital Estadual de Formosa (HEF) busca constantemente inovar no cuidado humanizado. Pensando na jornada do paciente, a unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) desenvolve projetos e práticas que buscam lidar com os desafios encontrados ao longo da assistência, com mais leveza e empatia.

Para Luciano Dutra, diretor do HEF, essas práticas são indispensáveis, pois auxiliam tanto o paciente quanto a família a entenderem os processos que ocorrem em uma internação e a lidarem com as dificuldades encontradas ao longo dele.

“Quando falamos de um paciente de UTI, devemos pensar em alguém que já vem para nós mais sensibilizado. Adotar práticas de humanização na UTI ultrapassa os limites da medicina tradicional, priorizando não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar emocional e psicológico dos pacientes e seus familiares”, afirma o diretor.

Segundo ele, com as práticas de humanização, é possível fornecer um cuidado compassivo e integral, que reconhece e atende às necessidades de cada paciente em momentos críticos de saúde.

Cuidado humanizado

As estratégias de humanização implementadas pelo HEF têm sido acolhidas com entusiasmo tanto por pacientes quanto por familiares, contribuindo para uma experiência de cuidado significativamente mais positiva e menos estressante.

Relatos e histórias de recuperação dos envolvidos reafirmam o papel fundamental da humanização nesse processo, atestando a sua eficácia em facilitar a melhora e elevar a qualidade do cuidado prestado na UTI.

Um exemplo notável dessa prática é o caso de Caroline Bomfim Magalhães, que foi admitida na unidade com um quadro de elevação súbita da pressão arterial, levando ao diagnóstico de pré-eclâmpsia. A situação de urgência culminou em uma cesariana emergencial.

Após o procedimento, Caroline foi transferida para a UTI, onde teve apenas um breve contato com seu recém-nascido. Sensibilizada pela situação, a equipe da UTI, em colaboração com os demais setores, organizou cuidadosamente um reencontro especial entre mãe e filho.

“Esse reencontro foi muito especial para mim. Ter meu filho nos braços depois do grande desafio que enfrentamos, e sentir todo o carinho e cuidado das equipes em fazer isso acontecer, me deixou muito emocionada. É muito bom saber que podemos contar com pessoas que estão realmente interessadas em nós, pacientes, como pessoas”, afirma Caroline.

Impacto positivo

Uma série de estratégias buscam enriquecer a experiência de recuperação de cada indivíduo na unidade. A introdução da arteterapia e da musicoterapia na UTI permite aos pacientes explorar novas vias de expressão emocional e alívio por meio da arte e da música.

Complementando essas práticas terapêuticas, a unidade tem priorizado o contato com a natureza e a exposição à luz solar como componentes essenciais do bem-estar físico e mental. Organizando visitas programadas às áreas externas, os pacientes têm a oportunidade de desfrutar do ar livre, o que reforça a importância de um ambiente acolhedor e estimulante para melhora do quadro.

Entendendo a importância do apoio familiar no processo de recuperação, o hospital adotou políticas para visita diária, permitindo dois acompanhantes, além de facilitar meios de comunicação remota, como vídeo chamadas e ligações telefônicas. Essas medidas asseguram que os pacientes mantenham um vínculo constante com seus entes queridos durante sua estadia. Tais iniciativas refletem o compromisso do HEF com a oferta de um cuidado integral e compassivo, reconhecendo a necessidade de suporte emocional, estímulo artístico e conexão humana no tratamento de pacientes críticos.

Luiza Khalil, psicóloga do HEF, lembra que ao priorizar não apenas o tratamento clínico, mas também o conforto emocional e a dignidade dos indivíduos, é possível redefinir a experiência hospitalar. Os impactos positivos não se restringem apenas aos pacientes, mas se estendem a todos que se tornam participantes de cada uma dessas histórias.

“Esse trabalho desenvolvido na UTI busca resgatar a subjetividade do paciente, principalmente aqueles de longa permanência. Através dos mecanismos para a humanização fazemos com que ele se lembre da pessoa que realmente é, reforçando que ele não é um diagnóstico e muito menos um número de leito”, afirma Luiza.

A psicóloga esclarece que medidas como essas impactam não só nos pacientes e seus familiares, “mas nos lembra da nossa missão como profissionais da saúde.

Nossos esforços fazem a diferença nessa jornada do paciente, mas também nos moldam como seres humanos”, conclui.

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