Programa financiado pela Fapeg contribui para proteção do Cerrado

Trabalho conjunto entre Peld EBMN e Semma de Rio Verde define estratégias para contribuir com a conservação da biodiversidade do Cerrado na região, que sofre ameaças diversas, principalmente devido à expansão da fronteira agrícola (Foto: Semad-GO)

Representantes do Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (Peld EBMN) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Rio Verde estão definindo estratégias para um trabalho conjunto que vai contribuir para a conservação da biodiversidade do Cerrado na região, que sofre ameaças diversas, principalmente devido à expansão da fronteira agrícola.

O Peld é um programa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que visa gerar dados científicos essenciais para a compreensão das dinâmicas ecológicas e a implementação de estratégias de conservação do meio ambiente efetivas, além de promover a integração entre pesquisa científica e gestão ambiental local.

São pesquisas com acompanhamento sistêmicos e integrados realizadas durante um longo período de tempo para entender a dinâmica complexa das alterações ecológicas ocorridas no meio ambiente.

Proteção do Cerrado

Na última quinta-feira (03/10), no Instituto Federal Goiano de Rio Verde, o vice-coordenador do Peld EBMN Dr. Alessandro Morais apresentou o projeto aos técnicos, analistas, servidores e fiscais da Semma destacando o papel do Peld no monitoramento ecológico de longo prazo e sua importância para a conservação da biodiversidade, com foco nos ecossistemas naturais da região. Apresentou amostragens, destacou as espécies do ecossistema que o projeto vem registrando e comentou sobre as propostas do Programa.

“Eu espero que a partir dessa ação a gente consiga estabelecer um diálogo onde, por meio de dados científicos e evidências possamos auxiliar os gestores no processo de tomada de decisões desse órgão que tem desenvolvido um trabalho muito importante na manutenção do Cerrado no contexto de produção agrícola, de agrossistema. A ideia é trazer essas pessoas para dentro do projeto para que possam participar dos processos de planejamento do Peld”, ressaltou Alessandro Morais.

A fiscal da Semma de Rio Verde e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBIO) do IF Goiano, Regina Gomes, entende que esta parceria traz um novo olhar que pode ajudar no seu trabalho diário.

“Entendo que pode ser um divisor de águas. Quando analiso os processos protocolados eu analiso de acordo com a minha atividade diária e com a legislação ambiental, mas eu entendo que com as pesquisas do Peld eu posso ganhar mais um aparato de visão que eu não tinha antes para garantir a sobrevivência da biodiversidade. Isso vai influenciar na tomada de decisão, se autorizo ou não algum tipo de licença e até mesmo para averiguação de denúncias”.

O coordenador de Educação Ambiental da Semma, Adenilson Ferreira também comentou sobre a importância do conhecimento das atividades do Peld para o desenvolvimento de suas atividades diárias com relação à educação ambiental de proteção e conservação das espécies, muitas delas em situação de vulnerabilidade.

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