Por ausência de medidas efetivas na área, Caiado classifica PEC da Segurança como “armadilha”
Em entrevista à CNN, o governador Ronaldo Caiado chamou a PEC da Segurança Pública, do governo federal, de “armadilha”, em alusão à ausência de medidas efetivas para solucionar os problemas que o país vive nesta área.
“A norma não enfrenta o caso específico da violência no Brasil, que envolve as facções do PCC, Comando Vermelho e tantas outras que ocupam as capitais do Brasil”, afirmou, durante participação no programa CNN Entrevistas, que foi ao ar neste fim de semana.
Caiado ressaltou que o governo federal quer centralizar a atuação das forças de segurança dos Estados, ao invés de desenvolver parcerias e aplicar investimentos para o combate ao crime.
“Se não tem segurança, não tem desenvolvimento, cidadania, nem Estado Democrático de Direito. Pode fazer reforma administrativa ou o que quiser, mas se tiver facções mandando no estado, nada adianta, isso não desenvolve soluções para os problemas enfrentados pela população”, criticou.
“A segurança é o ponto principal para que todo o resto possa progredir”, continuou o governador durante entrevista aos jornalistas Basília Rodrigues e Teo Cury.
Ele citou como exemplo o próprio território goiano, que há seis anos celebra a queda contínua de todos os índices de criminalidade.
“Nunca se teve um assalto a banco. Nunca teve um Novo Cangaço. Nunca teve um carro forte assaltado, não tem invasão de terra”, pontuou.
Ao contrário, o chefe do Executivo avalia que as ações do governo federal na área não têm sido eficientes.
“Qual competência tem o Ministério da Justiça em Brasília para dizer como vai ser comandada a polícia em cada estado, se a Força Nacional que ele comanda é incompetente e incapaz?”, provocou.
A PEC foi inicialmente apresentada em dezembro. Na última semana, passou por alterações que, para Caiado, mantêm uma espécie de subordinação normativa aos estados. O governador disse que tal proposta representa uma “concentração de poder”.
“Um conselho gestor em Brasília que vai distribuir a mesada de cada governador e cada prefeito. É simplesmente assim”, comentou.
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