Reeducandos do Complexo Prisional reutilizam materiais na produção de peças de concreto

Borra dos resíduos da serigrafia, ao ser adicionada aos demais itens na produção, proporciona maior resistência e durabilidade aos blocos (Foto: Polícia Penal)

Projeto implantado pela Polícia Penal de Goiás na Seção Industrial do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia, reutiliza resíduos de tinta de serigrafia para a produção de artefatos de concreto, como blocos sextavados e pavers. O “Qualificar e Reciclar” é realizado em parceria com o Grupo Sallo.

A iniciativa, além promover a sustentabilidade ambiental e economia nos custos de descarte e produção para a empresa parceira, também aumenta a empregabilidade da Seção Industrial, onde aproximadamente 350 reeducandos e reeducandas já executam atividades laborais.

O Qualificar e Resgatar atua na estamparia da Sallo, com o aprimoramento na estrutura física para facilitar a coleta do material passivo ambiental de resíduos de serigrafia (tinta), que caem em tanques, onde ocorre a decantação da água utilizada no processo. Com os resíduos pós-decantação, é realizada a produção de artefatos de concretos na fabricação de blocos.

“Inicialmente, essa produção de blocos é destinada para a reestruturação das áreas internas da própria Seção Industrial. Posteriormente, estes artefatos serão utilizados na melhoria de vias e espaços de todo o Complexo Prisional. Tudo isso praticamente sem custos para a instituição”, revela o gerente de Produção Agropecuária e Industrial da Polícia Penal, Paulo Sérgio Silva Santos.

A metodologia de confecção dos blocos e artefatos de concreto consiste na reutilização do resíduo de serigrafia (restos de tintas, vernizes e solventes). Essa borra, ao ser adicionada aos demais itens na produção, proporciona maior resistência e durabilidade aos blocos, complementando com a utilização de pó de brita, brita e cimento.

Custos

Todos os custos implementados do projeto são da permissionária Sallo – pagamento de mão de obra carcerária empregada, gasto com energia elétrica e água, bem como os insumos adquiridos para a produção. Outro ponto positivo do projeto é que, associado ao ganho ambiental, está a qualificação profissional dos custodiados envolvidos nas atividades. Atualmente, o projeto emprega seis reeducandos.

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