Agrodefesa e Rio Grande do Sul vão compartilhar informações agropecuárias
Protocolo prevê compartilhamento de dados da GTA entre estados, utilizando informações do Sidago, da Agrodefesa. Dessa maneira, haverá troca de informações entre Goiás e Rio Grande do Sul em prol da valorização do produto agropecuário, visando melhores controles e políticas coletivas de trânsito interestadual (Fotos: Agrodefesa)
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) assinou, nesta quinta-feira (04/09), protocolo de intenções com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), com objetivo de compartilhar informações agropecuárias.
A iniciativa representou mais um passo para a integração interestadual de dados de trânsito animal e para a implantação do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (Pnib). O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, representou Goiás na cerimônia realizada durante o Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa).
O protocolo prevê o compartilhamento de dados da Guia de Trânsito Animal (GTA) entre os estados, utilizando as informações do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), desenvolvido pela Agrodefesa.
O Rio Grande do Sul será o primeiro estado que não utiliza o Sidago a integrar suas informações, em caráter de projeto-piloto de rastreabilidade. Esse intercâmbio de dados será realizado por meio da Rede Compartilhada de Defesa Agropecuária (RCDA), base construída pela Agrodefesa para apoiar o desenvolvimento de um projeto nacional.
Em seu discurso, o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforçou o compromisso com a modernização da defesa agropecuária no Brasil.
“Esse protocolo de intenções, que antecede o termo de cooperação técnica, mostra que o fluxo de dados entre Goiás e Rio Grande do Sul é viável e essencial para que a defesa agropecuária e a rastreabilidade sejam implementadas. Goiás reafirma seu compromisso em apoiar todos os esforços para a implantação do Pnib”, declarou.
Intercâmbio de dados será realizado por meio da Rede Compartilhada de Defesa Agropecuária (RCDA), base construída pela Agrodefesa para apoiar desenvolvimento de um projeto nacional (Fotos: Agrodefesa)
Cooperação
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, destacou a relevância da cooperação.
“Essa interface de informações será essencial para alavancar o projeto nacional de rastreabilidade bovina e demonstra a competência da Agrodefesa na construção de ferramentas tecnológicas de defesa agropecuária”, afirmou.
“O que estamos fazendo em Porto Alegre é um passo além. O Rio Grande do Sul não é um dos estados que fazem uso do Sidago. Eles têm o sistema próprio, mas têm interesse em trocar informações com Goiás em prol da valorização do produto agropecuário, com melhores controles e políticas coletivas de trânsito interestadual”, explicou o gerente de Tecnologia da Informação da Agrodefesa, Carlos Howes.
O projeto-piloto é uma iniciativa da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (Seapi) e servirá de base para o Plano Estadual de Rastreabilidade, previsto para ser apresentado em 2026, com prazo de implementação até 2032.
“A experiência em parceria com Goiás será fundamental para validar o modelo a ser expandido em todo o estado”, ressaltou o secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena.
Pnib
O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (Pnib) é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que busca aprimorar a rastreabilidade da cadeia produtiva de carne e leite no Brasil. A proposta prevê a identificação individual dos animais, garantindo maior segurança alimentar, rastreabilidade sanitária e competitividade internacional do agronegócio brasileiro.
Instituído a partir da Portaria SDA nº 733/2022 e com grupo de trabalho criado em 2024, o Pnib já conta com um plano estratégico em desenvolvimento, que detalha os aspectos técnicos, operacionais e prazos de implementação.