Policlínica de Formosa alerta para relação entre saúde emocional e prevenção de acidentes

Profissionais da Policlínica de Formosa orientam pacientes sobre práticas de autocuidado como aliadas na prevenção de acidentes (Foto: Braz da Silva/Imed)

Para a Policlínica Estadual do Entorno – Formosa, unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), cuidar da saúde mental não é apenas uma questão de bem-estar, mas uma medida concreta de segurança.

Pesquisas indicam que estresse, ansiedade e fadiga emocional afetam de forma significativa a atenção, o processamento de informações e a tomada de decisões, aumentando o risco de acidentes, seja no trânsito, no trabalho ou mesmo em casa.

Estudo publicado no periódico Accident Proneness Revisited: The Role of Psychological Stress and Cognitive Failure mostrou que pessoas com altos níveis de estresse apresentam falhas cognitivas mais frequentes, o que está correlacionado com maior ocorrência de acidentes domésticos ou ocupacionais.

Outro trabalho recente revelou forte ligação entre estados de ansiedade e maior probabilidade de envolvimento em acidentes de trânsito, indicando que fatores emocionais devem ser considerados por parte das políticas de prevenção.

De acordo com a psicóloga Neuza Maria Ferreira, é essencial que a sociedade reconheça essa conexão direta entre equilíbrio emocional e segurança no dia a dia.

“Quando a mente está sobrecarregada, nossa capacidade de foco e reação diminui. Reconhecer os sinais de estresse e buscar estratégias de autocuidado não é apenas cuidar de si, mas também proteger quem está ao nosso redor. Em muitos casos, evitar um acidente é tão simples quanto desacelerar, respirar, pausar”, explica.

Práticas que ajudam proteger a saúde mental

Manter a saúde mental em equilíbrio é uma forma eficaz de reduzir riscos e viver com mais segurança, uma vez que atitudes que fortalecem a mente também ajudam a evitar situações de estresse extremo que podem comprometer a atenção e a tomada de decisões no cotidiano.

Hábitos simples do dia a dia podem fazer grande diferença:

  • ter uma rotina de sono adequada, realizar pausas durante as atividades;
  • praticar exercícios físicos;
  • preservar vínculos sociais;
  • dedicar tempo ao lazer.

A alimentação equilibrada também desempenha um papel importante, já que nutrientes adequados influenciam diretamente o funcionamento do cérebro e o humor. Além disso, buscar apoio profissional quando os sinais de ansiedade, tristeza ou cansaço mental se tornam frequentes é essencial para evitar que esses sintomas evoluam e afetem a vida pessoal e a segurança.

Para a psicóloga, o cuidado mental deve ser encarado como prioridade.

“Pequenas práticas de autocuidado no cotidiano não são apenas um gesto de carinho consigo mesmo, mas uma forma concreta de proteger a própria vida e a das pessoas ao redor. Quando estamos bem emocionalmente, reagimos melhor às situações e reduzimos as chances de acidentes”, conclui.

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