Vencedores da Olimpíada de IA Aplicada garantem vaga para intercâmbio na Inglaterra
Vão para o intercâmbio os 18 estudantes das equipes que ficaram em 1º, 2º e 3º lugares na Olimpíada de IA Aplicada (Foto: Jota Aguiar)
Os alunos que venceram a Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada garantiram vaga para um intercâmbio de um mês na Inglaterra, no segundo semestre de 2026.
A final da competição, que é organizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) e o Centro de Competência Embrapii em Tecnologias Imersivas (AKCIT), foi realizada na Campus Party Goiás, que terminou neste sábado (22/11).
A Olimpíada, que é a única do tipo em nível estadual do país, reuniu mais de mil alunos do ensino fundamental e médio, das redes pública e privada, em uma competição que estimula o aprendizado e o uso prático da tecnologia entre jovens.
A competição começou de maneira on-line, em setembro, passando para a etapa presencial, na Campus Party, com 30 equipes formadas por três alunos e um tutor, cada.
Os estudantes enfrentaram três desafios práticos envolvendo visão computacional, processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina. O último, apresentado neste sábado, concentrou-se em soluções de IA para a saúde pública, com o desenvolvimento de sistemas baseados em dados reais fornecidos pelo Governo de Goiás.
Vão para o intercâmbio os 18 estudantes das equipes que ficaram em 1º, 2º e 3º lugares na Olimpíada. A iniciativa do intercâmbio faz parte do programa Goiás pelo Mundo, lançado neste mês, com o objetivo de internacionalizar talentos goianos.
“Goiás é, cada vez mais, referência em Inteligência Artificial e, com a internacionalização do nosso capital humano, também seremos referência na formação de talentos que podem competir em nível global”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto.
“Goiás é, cada vez mais, referência em Inteligência Artificial”, José Frederico Lyra Netto (Foto: Jota Aguiar)
Além do intercâmbio, cada um dos estudantes vencedores da Olimpíada também receberam prêmios em dinheiro: R$ 5 mil para o 1º lugar, R$ 3 mil para o 2º e R$ 2 mil para o 3º, além de certificados de reconhecimento.
“É indescritível a sensação de vencer. É o reconhecimento da solução que a gente encontrou. Agradecemos ao Governo de Goiás pelo prêmio e pela organização da Olimpíada, assim como aos profissionais que nos ajudaram”, relata Caio Costa, de 17 anos, da equipe Magic Bubbles + Neurobit, que venceu a competição.
As soluções entregues pelos alunos visaram resolver o desafio “Inteligência Artificial na saúde para apoio a políticas públicas”.
“Nosso objetivo é formar talentos, despertar curiosidade científica e incentivar a aplicação ética e responsável da Inteligência Artificial. Ver esses projetos prontos reforça que estamos no caminho certo”, afirma a coordenadora do CEIA e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Telma Soares.
Rumo ao exterior
O Goiás pelo Mundo pretende levar mais de 2 mil goianos para o exterior nos próximos 5 anos, contemplando estudantes, professores, pesquisadores e servidores públicos com intercâmbios, bolsas de mestrado nas melhores universidades do mundo e fomento para participação em missões de pesquisa e eventos internacionais já a partir de 2026.
A primeira turma do intercâmbio embarca no dia 3 de janeiro para a Austrália. Os 39 estudantes ligados às Escolas do Futuro de Goiás (EFGs) ficarão um mês em Sydney com todas as despesas custeadas pelo governo estadual.
Trinta e um alunos foram selecionados por desempenho nos cursos técnicos de tecnologia, depois de um rigoroso processo seletivo, e outros oito conquistaram a vaga ao vencer a 1ª Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada, em 2024.
A viagem inclui curso intensivo de inglês em uma instituição de referência, visitas técnicas a ambientes de inovação e programação cultural guiada. O objetivo é desenvolver competências linguísticas, interculturais e socioemocionais, preparando estudantes para carreiras globais em tecnologia e inovação. A meta é levar 200 estudantes para intercâmbios, por ano, até 2030.