Goiás avança na regionalização de saúde com o PRI
Em uma série de reuniões virtuais, conduzidas pelo secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, a equipe da SES-GO, os coordenadores de regionais, os secretários municipais de saúde, representantes do Cosems e do Ministério da Saúde discutiram as etapas do PRI, a ferramenta de planejamento regional integrado que permite o aperfeiçoamento do SUS no Estado. Com mais de 90% de participação de prefeitos e secretários municipais de saúde, o ciclo foi produtivo e alinhou a próxima fase da implantação do programa.
“O planejamento no SUS é ascendente, ou seja, de baixo para cima e por isso, começa no município onde está a realidade das demandas da população, passa pela discussão na CIR – Comissão Intergestores Regional-, segue para pactuação na CIB -Comissão Intergestores Bipartite- e, em seguida, vai em forma de resolução até o Ministério da Saúde. É isso que vai garantir a devolutiva por parte do Ministério, seja em recursos financeiros, legislações, ou autorizo de novos serviços”, explicou Ismael.
Responsabilidade
Cada uma das reuniões, concluídas na quarta-feira (15), deixou clara a importância da participação do secretário municipal de saúde para o êxito de todo esse processo de trabalho. É a partir da escuta das demandas, realizada pelos Conselho Municipais de Saúde, da interlocução com os profissionais do sistema e ainda, do diálogo com municípios vizinhos que o gestor avalia sua carteira de serviços.
Com diálogo permanente, a macrorregião pode construir uma agenda e com o PRI, planejar a oferta de acordo com a necessidade de serviços, sem que haja sobreposição ou falta de algum serviço naquela região. E é apenas o secretário municipal de saúde que detém o poder de voto, de veto, de pactuação em cada uma dessas instâncias. É centrada nele a responsabilidade de ordenar despesas e fazer o SUS funcionar na ponta.
Descentralização
Em vários municípios goianos serviços e políticas de saúde estão sendo abertos ou fomentados pelo governo estadual e todos tem a oportunidade de participar. “O êxito do Governo de Goiás em descentralizar a Saúde, combatendo a desigualdade regional e os vazios assistenciais passa por uma Regional forte e por secretários municipais engajados com esse papel importante de construir o SUS”, frisou Ismael Alexandrino.
Coordenado pela sub-secretaria da SES-GO, com apoio das regionais, o PRI segue agora para uma fase de oficinas, previstas para início no dia 23 de setembro. “Cada realidade é diferente, as populações são diferentes, as densidades demográficas, temos demandas específicas. E por isso esse instrumento, o PRI, é tão importante para, de forma integrada, avançarmos numa saúde regionalizada’, destacou a sub-secretária da SES-GO, Luciana Vieira.