Hospital da Mulher promove ação sobre problemas de deglutição

Fonoaudióloga Thaynara Borges orienta equipe da UTI neonatal do Hemu sobre sintomas e riscos da disfagia

A data 20 de março é marcada como o Dia Nacional de Atenção à Disfagia. E para auxiliar toda equipe da assistência a identificar os sintomas e alertar os colaboradores sobre o risco da alteração na deglutição para a saúde, a equipe de fonoaudiólogas do Hospital Estadual da Mulher (Hemu) realizou uma blitz educativa, na segunda-feira (21).

As profissionais percorreram vários setores da unidade do Governo de Goiás divulgando medidas de prevenção e o que fazer no caso de suspeita de disfagia. Além de orientar sobre a doença, as fonoaudiólogas entregaram um folheto informativo sobre a disfagia, junto com um bombom.

A disfagia pode ocorrer do recém-nascido ao idoso. Beber ou comer algum alimento parece uma ação simples, porém é muito mais complexo do que imaginamos. A deglutição envolve mais de 20 músculos e demanda uma série de movimentos sincronizados. 

Sintomas 
Dificuldade de mastigar e engolir; necessidade de engolir várias vezes, para o alimento, líquido ou saliva descer; dor ao engolir/sensação de alimento parado na garganta; escape de alimento pelo nariz durante a alimentação; tosse e engasgos frequentes durante as refeições ou ao deglutir saliva; falta de ar e perda de peso. Se notar algum desses sintomas, procure um fonoaudiólogo. Ele é o profissional apto para fazer o diagnóstico, orientar e reabilitar os distúrbios da deglutição. 

Segundo a coordenadora da Fonoaudiologia do Hemu, Fernanda Mendanha, deglutir com segurança e eficácia é de fundamental importância para qualquer pessoa. “É necessário orientação e tratamento adequados, pois além de provocar problemas emocionais, a disfagia pode levar à desnutrição, desidratação, pneumonia e até a morte.”

Entre os fatores de risco estão a prematuridade, doenças neurológicas, câncer de cabeça e pescoço, envelhecimento, entre outros. “Em ambientes de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), é de extrema importância que a equipe saiba diagnosticar os sintomas. Os bebês prematuros podem apresentar complicações de ordem respiratória, cardíaca e neurológica devido à imaturidade dos órgãos, o que pode acarretar dificuldades na deglutição”, afirmou a fonoaudióloga Thaynara Borges. 

Marilene Correntino (texto e foto)/IGH