Museu da Memória de Goyaz será lançado nesta sexta-feira, na cidade de Goiás

(Arte: Secult)

A cidade de Goiás, Patrimônio Mundial da Humanidade, ganha um novo museu. Será lançado nesta sexta-feira (1º), às 20h, no Cine Teatro São Joaquim, o Museu da Memória de Goyaz, espaço que reunirá imagens e sons sobre a histórias, a cultura e a memória de Vila Boa.

Em noite de celebração, o evento terá apresentação do Museu Virtual; exibição do curta: “Goyaz, Patrimônio em Memória”, com direção de Lázaro Ribeiro e Jadson Borges; exibição de vídeo com depoimentos de artistas e declamação da poeta e atriz Elisa Lucinda; e show (voz e violão), com Maria Eugênia e Luiz Chafin. A atividade marca o início da programação de lançamento que se estenderá até o final do mês de maio.

De acordo com o diretor do espaço, Lázaro Ribeiro, o museu foi idealizado há décadas, porém ficou no aguardo de um espaço físico. Enquanto isso, o público poderá contar com um ciberespaço, por meio de um Museu Virtual.

O projeto do museu é uma iniciativa contemplada pela Lei Aldir Blanc, gerenciada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). O espaço propõe atividades culturais diversas, com  exposições, publicações, mesas de memórias, encontros e oficinas com mestres da cultura popular. O diferencial da unidade é ser um museu que trabalha efetivamente a Educação Patrimonial com a comunidade e escolas, por meio do audiovisual.

A unidade será constituída de acervos de fazedores de cultura, memorialistas, artistas, fotógrafos, cineastas, poetas, políticos, músicos e de famílias vilaboenses que queiram salvaguardar suas memórias e partilhá-las com o mundo. Um lugar de encontros, afetos, comunicações, pesquisas, guarda e proteção das memórias da cidade reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial. O acervo conta com cópias digitais de coleções fotográficas, CDs, DVDs, discos de vinil, áudios de entrevistas, gravações musicais e de vídeos em VHS, Mini DVs.

A identidade visual do Museu da Memória de Goyaz traz a figura da carregadeira d’água, Maria do Rosário Gonçalves, popularmente conhecida com Maria Macaca. Maria, como tantas outras, driblou por necessidade e até mesmo com bom humor o apelido proveniente do racismo estrutural. Mulher preta, descendente direta de negros escravizados, criou filhos e netos carregando água na cabeça para os mais abastados. A logo foi criada em tons e textura do barro que tantas mulheres amassaram, moldaram e transformaram em potes, panelas e objetos diversos, para obter o sustento de suas famílias.