Polícias de Goiás e SP realizam megaoperação de combate a estelionato eletrônico
A Polícia Civil de Goiás e a Polícia Civil de São Paulo realizaram, na manhã desta terça-feira (5), a Operação 2 Face, com a participação de 300 policiais civis, em quatro estados brasileiros, para combate a fraudes cometidas por meio de aplicativo de mensagens diversas regiões do país. Ao todo, ação cumpriu 31 mandados de prisão, sendo 28 apenas em Goiás. Estima-se que o grupo tenha causado prejuízo que ultrapasse R$ 3 milhões a aproximadamente 2 mil vítimas.
Segundo as investigações, iniciadas em agosto de 2021, em Presidente Prudente (SP), a organização criminosa, com atuação predominantemente Goiás, obtinha fotografias em rede social e aplicativo de mensagem de vítimas para, depois, em busca e auxílio de outros criminosos digitais (com o cruzamento de informações), entrar em contato com familiares próximos (amigos, sócios, etc – todos pesquisados em redes sociais), informando a troca de prefixo telefônico (em chip cadastrado com a foto do conhecido) e, após, solicitando valores sob alegação de problema no aplicativo bancário.
Com sete meses de ações de inteligência, em atos legítimos autorizados pela Justiça competente e pareceres favoráveis do Ministério Público paulista, houve o desvendamento dos crimes que possibilitou a representação cautelar policial, todas deferidas. Ao todo, foram expedidos 41 mandados de prisões preventivas; 56 mandados de buscas domiciliares; bloqueios e sequestros de contas cadastradas em 41 CPF’s, além, de uma dezena de sequestros de contas em cripto ativos.
Todos os suspeitos presos permanecerão nos estados de origem e serão indiciados pelos crimes de estelionato eletrônico, falsidade ideológica, falsa identidade, organização criminosa, além de lavagem de dinheiro (na modalidade tentada e consumada). Apenas no estado de São Paulo será possível o esclarecimento de pouco mais de 600 fatos criminosos, além de centenas ocorridas em outros estados da Federação.
A operação aconteceu de forma simultânea em Goiás, Roraima, Pará e Minas Gerais. O nome da operação foi escolhida em tradução simples da escrita americana “two face”, usando o número não extenso, “duas faces”, em metáfora ao ardil eletrônico usado pelos criminosos que solicitam dinheiro das vítimas se passando por conhecidos, inclusive, com fotografias retiradas das redes sociais ou telefônicas.