Seds discute novo protocolo de combate à violência contra mulheres

O objetivo é estabelecer mais um instrumento para o combate da violência contra as mulheres, detalhando como espaços privados devem agir para evitar e tratar casos de agressões dentro dos estabelecimentos (Foto: Seds)

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) vai estabelecer mais um instrumento visando ao fim da violência contra as mulheres e o combate ao feminicídio, em Goiás.

Nesta quarta-feira (1°/02), durante a primeira reunião do ano da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, foi discutida a criação de um protocolo similar ao No Callem (Não se Cale).

Instituído pelo governo de Barcelona, em 2018, o protocolo No Callem tem o objetivo de combater agressões sexuais e violência machista em espaços de lazer da cidade, como discotecas e bares.

O documento em discussão, que deve ser lançado em março de 2023, irá detalhar como espaços privados goianos devem agir para evitar e tratar casos de agressões contra a mulher dentro dos estabelecimentos.

No encontro, que contou com a participação de representantes de vários comitês e organismos que atuam no enfrentamento dessa violência, também foi discutida a atuação da Rede no ano de 2023 e ações específicas para fevereiro e março, meses em que ocorrem o Carnaval e o Dia Internacional da Mulher.

Salvar vidas

A superintendente da Mulher e Igualdade Racial da Seds, Rosi Guimarães, destacou que, quanto mais pessoas souberem o que fazer quando uma mulher está sendo agredida, mais chances essa mulher terá de ser salva.

A promotora do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Rúbian Coutinho, ressaltou a importância da rede na proposição de ações como esta.

“É um trabalho muito necessário, onde estreitamos laços para continuar enfrentando essa triste realidade que persiste no nosso país”, afirmou.

Rede Estadual pelo Fim da Violência Contra as Mulheres

A Rede Estadual pelo Fim da Violência Contra as Mulheres foi instituída pelo decreto 9.470, de agosto de 2019, com a finalidade de articular e integrar as ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos e entidades governamentais, da sociedade civil e das organizações das religiosas no que se refere à promoção e valorização da mulher, a fim de eliminar todas as formas de violência e discriminação contra ela.