3º Bootcamp Low Code prepara equipes para competição da Campus Party Goiás
Alunos da rede estadual de ensino e das Escolas do Futuro de Goiás (EFG) participaram da terceira edição do Bootcamp Low Code nesta terça e quarta-feira (23 e 24/05). O evento é resultado de uma parceria entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Educação (Seduc), e reuniu cerca de 190 alunos e 60 professores de todo Estado, na EFG Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia.
Durante os dois dias, os estudantes assistiram palestras como “Confiança Criativa” e “Criando seu primeiro Pitch”, com a instrutora Margareth Ribeiro, do Sebrae Goiás; desafio da caixa maker e capacitação “Lean Canvas”; além do desenvolvimento da prototipação, rodada de mentorias, revisão e apresentação dos projetos.
Para a gerente de Educação Profissional e Tecnológica da Secti, Mychelly Ferreira Carlos Simões, é motivador ver o processo de criação de um produto que propõe solução de problemas comuns na sociedade.
“Nosso papel é estimular os alunos a buscarem soluções para nossas casas, para nossas cidades, para nosso estado, para nosso país. Quem sabe, até soluções para problemas do mundo como um todo”.
Bootcamp Low Code
Neste ano, o projeto foi ampliado para incluir alunos de escolas estaduais indígenas, quilombolas e militares e das EFGs, alcançando um número maior de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica.
“Todo trabalho que a gente vem desenvolvendo em torno do pensamento computacional segue uma lógica de inclusão. A gente não desenvolve as atividades para alguns, a gente desenvolve com todos e para todos”, explica a diretora pedagógica da Seduc, Márcia Rocha Antunes.
O Bootcamp é um preparatório para o Hackathon Low Code, que acontece durante a Campus Party Goiás. Portanto, neste primeiro momento, não houve uma competição entre os estudantes. Agora, as equipes selecionadas voltam a se encontrar durante a edição goiana do maior evento de tecnologia do mundo, que será realizado entre os dias 7 e 11 de junho, no Passeio das Águas Shopping, em Goiânia. Lá haverá uma disputa e os projetos finalistas serão premiados com bolsas de iniciação científica.
Projetos
Com temas livres, o Bootcamp resultou na criação de aplicativos voltados para educação, saúde, meio ambiente, inclusão e segurança. A equipe de Breno de Souza, aluno do Colégio Estadual Cecília Meireles, por exemplo, desenvolveu um aplicativo que auxilia os alunos no combate à evasão escolar.
“Essa ideia surgiu para melhorar a comunicação entre os pais e a escola’, conta.
Já o Murillo Henrique e sua equipe criaram um aplicativo de cyber segurança. “A ideia é oferecer serviço antirrastreamento, porque há serviços de e-mails criptografados nos quais é possível se proteger contra coleta de informações pessoais. A internet é um lugar que tem muitos dados e a gente corre um grande risco de ter os próprios dados expostos”, explica o estudante.
A professora Ana Paula Stoppa orientou uma das equipes que participou do Bootcamp e destacou a contribuição do evento para a formação dos alunos. “É muito importante para que eles possam mostrar como são criativos, o quanto eles estão evoluídos, avançados na tecnologia, e podem, sim, contribuir com o futuro do nosso país”.
O Bootcamp Low Code também conta com o apoio do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Sebrae Goiás.
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