Procon interdita empresa em Valparaíso de Goiás

Cliente pagava um valor como se fosse entrada de um financiamento, mas depois descobria que a remuneração era pelo serviço de assessoria financeira (Foto: Procon)

Fiscais do Procon, em operação em Valparaíso de Goiás, interditaram uma empresa de assessoria financeira que atuava como imobiliária. A ação foi em parceria com a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Procon de Valparaíso.

A empresa de assessoria financeira atraia clientes, principalmente pelas redes sociais e marketplaces, oferecendo imóveis a preços atrativos. O local funcionava como se fosse imobiliária. O que era escondido do consumidor é que, em boa parte das vezes, as imagem do imóvel era meramente ilustrativa.

Empresa de assessoria financeira

Outra informação omitida em alguns casos era o fato da casa ser fruto de leilão, por inadimplência do dono anterior. Era prometido ao cliente a entrega do imóvel em um prazo de 45 a 90 dias. Porém, após a assinatura do contrato, o prazo informado era de 180 dias.

A empresa funcionava, basicamente, nos mesmos moldes dos 11 estabelecimentos que foram interditados pelo Procon Goiás em Goiânia e Aparecida de Goiânia nos meses de abril e maio. O cliente pagava um valor como se fosse entrada de um possível financiamento, mas um tempo depois descobria que a remuneração era pelo serviço de assessoria financeira.

Pela falta de informação clara, publicidade enganosa e cláusulas abusivas, os fiscais do Procon interditaram e autuaram a empresa. Os proprietários têm 20 dias para apresentar defesa.

Cursinho preparatório

A ação em Valparaíso também se estendeu a um cursinho preparatório para concursos, vestibular e ingresso em colégios militares. Da empresa, havia reclamação no Procon municipal de que consumidores assinavam um documento achando que seria apenas uma possível reserva de vaga, mas que era, na verdade, um contrato de prestação de serviço.

Os vendedores do cursinho, durante a captação de clientes, não garantiam aos consumidores informações claras sobre os serviços, nem especificavam corretamente sobre preços, prazos e possível incidência de multas. Por conta disso, os fiscais autuaram o estabelecimento. O prazo para defesa é de 20 dias.