Apenas 12% do grupo prioritário foram imunizados para Influenza e H1N1

Superintendente Flúvia Amorim disse à RBC que apenas 12% das pessoas do primeiro grupo prioritário para essa imunização procuraram os postos de saúde; sintomas da gripe H1N1 podem ser confundidos com os da Covid-19

Apesar do foco atual ser a Covid-19, a população não pode esquecer as outras ameaças à saúde que também são perigosas, como é o caso da gripe causada pelo vírus H1N1. Essa campanha de vacinação está acontecendo há quase um mês nas outras unidades de saúde espalhadas pelo Estado, de acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES) Flúvia Amorim.

Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa nesta segunda-feira, 10, a superintendente da Saúde alertou que está começando o momento de pico das doenças respiratórias, principalmente aquelas causadas pelos vírus Influenza e H1N1. “É importante que as pessoas que estão nesses grupos prioritários de vacinação contra a gripe procurem o serviço de saúde”, destacou.

Conforme Flúvia Amorim, apesar de ser o quinto Estado no País em número de pessoas vacinadas contra a H1N, Goiás ainda registra um número baixo: somente cerca de 12% do grupo prioritário foram imunizados. Muitas pessoas que deveriam ter procurado os postos de vacinação para receber o imunizante da contra a gripe ainda não o fizeram, informou.

Ponderou que, tudo o que não precisamos agora é ter outra doença circulando que possa ser confundida com Covid-19. Isso porque a gripe H1N1 e a doença causada pelo novo coronavírus têm sintomas muito parecidos, que podem ser confundidos e pressionar ainda mais os serviços de saúde.

Surto de H1N1

O surto de gripe causada pelo vírus H1N1 surgiu em 2009 e logo se espalhou pelo mundo. Estudos realizados desde então têm demonstrado que as pessoas têm uma chance de contrair a doença com maior gravidade, muito parecido com a Covid, explicou. No caso da H1N1, ocorrem muitos casos em crianças, inclusive bem pequenas, menores de 5 anos, e podem ser graves. São registrados também muitos casos em gestantes. “Então, é importante que as pessoas que têm a possibilidade de receber essa vacina, que a procurem o quanto antes”, reforçou.

A campanha de vacinação contra os vírus Influenza/H1N1 começou em Goiás pelas gestantes, puéperas, trabalhadores da saúde e crianças de seis meses a seis anos de idade. E prosseguirá com agora o grupo dos idosos. “No caso dos idosos e dos trabalhadores da saúde, vale lembrar que, se ele tomou a vacina da Covid-19 ou qualquer outra vacina, precisa ter um intervalo de 14 dias para poder receber a vacina da H1N1, e vice-versa”, orientou.

Questionada sobre os locais de vacinação contra gripe, disse que cada município tem escolhido uma estratégia. Na grande maioria deles, os postos de vacinação de H1N1 são diferentes dos postos de vacinação da Covid-19. Afirmou que a orientação é procurar a Secretaria Municipal de Saúde para verificar onde está ocorrendo a campanha de vacinação.

Ouça a entrevista na íntegra!