64 anos do HGG: conheça histórias de quem trabalha no hospital

“Heróis da resistência”: histórias como as do "seu" Roberto e da dona Eutania são exemplos de dedicação à unidade (Foto: Idtech)

Há 64 anos, a unidade do Governo de Goiás, Hospital Estadual Alberto Rassi, conhecido carinhosamente como HGG iniciava suas atividades assistenciais, em Goiânia. As paredes da unidade que já passaram por várias reformas e adequações não escondem as marcas de quem vivenciou experiências, mudanças, melhorias contínuas e também dias de lutas e de glórias.

Saudáveis ou não, todas as pessoas que caminharam pelos corredores da unidade tiveram a chance de conhecer um ambiente seguro, afetuoso, que puderam contar como se fosse seu segundo lar. O hospital é a extensão do lar de muita gente, pois cuida não só de pessoas que precisam de tratamento, mas dos que atuam diariamente na unidade, se dedicando para que os pacientes do hospital tenham acesso digno à saúde.

Mesmo que tudo tenha se iniciado em 1959, não se pode esquecer das centenas de pessoas que por essas alas passaram. Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), acompanhantes, médicos, estudantes, enfermeiros, psicólogos, condutores de maca… é tanta gente que não haveria espaço suficiente para listar. É um grande legado, que com orgulho, nostalgia e gratidão celebra nesta sexta-feira, 29 de dezembro, mais um aniversário, completando 64 anos de atendimento e cuidado com o próximo. A construção dessa história é marcada pela confiança, cordialidade e respeito à história de todos aqueles que por lá passaram.

Desde 2005, Roberto Soares de Araújo, de 64 anos, trabalha na unidade. São 18 anos de dedicação. Ele que possui deficiência visual parcial, relata que nunca teve tratamento diferenciado na unidade devido a seu problema de visão, aliás, muito pelo contrário, é cobrado de suas atividades na mesma intensidade que os demais colegas. “Sou um trabalhador comum. Faço de tudo um pouco, remarco exames, busco materiais no laboratório, oriento os pacientes também,” ele diz. 

Ele ressalta que os colegas de trabalho são muito parceiros. “As pessoas aqui têm muito cuidado umas com as outras. Eles me instruem, alertam com objetivo de evitar algum acidente. Eu vim de outra unidade de saúde. Quando comecei a trabalhar no HGG encontrei algo, que para mim, era um diferencial quando se tratava de ambiente de trabalho: organização, mais compromisso com os pacientes e qualidade no atendimento. Há 18 anos sou colaborador do HGG. Tenho muito orgulho de todas as experiências que já vivi aqui.”

Roberto também comenta sobre as melhorias na estrutura física do prédio. “Ao longo dos anos percebi várias adequações para melhor acessibilidade, o que facilita nossa locomoção e identificação de todos os ambientes. Gosto tanto daqui que nem tenho vontade de me aposentar. Se eu tivesse que começar do zero, faria tudo de novo. Tenho prazer no que faço, aqui se tornou minha segunda casa.”

Já a dona Eutania Filgueira da Silva é psicóloga na unidade e tem 70 anos. Há 25 ela é colaboradora do HGG. Ela comenta que nesse período executou diversas atividades, tanto com atendimento psicológico, mas também como gestora. “Eu acompanhei muitas mudanças no HGG. É uma vida de serviços voltados para este lugar. Para o atendimento ao paciente e aos próprios funcionários. Com isso, acabamos desenvolvendo um vínculo.”

Ela conta que seu maior desafio foi quando atuou por sete anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HGG. “Foi uma oportunidade de estar mais próxima da finitude dos pacientes. Foi uma passagem, eu precisava entender meu objetivo neste lugar, para compartilhar com eles o melhor da minha profissão. Além disso, essa experiência me fez lembrar de quando perdi meu pai, que também precisou de atendimentos em uma UTI. Então, eu já estive na posição de acolher e ser acolhida. Isso me marcou muito.”

Depois de tantos anos de serviço, Eutania diz que se fosse necessário faria tudo novamente. “O aprendizado aqui foi muito grande. Somos heróis da resistência. Vivemos muitas transformações, passamos por várias fases e somos muito gratos por tudo. Continuamos aqui, fazendo o nosso melhor.”

Histórias como as do seu Roberto e da dona Eutania são o impulso de que a unidade precisa. O HGG celebra essa data com sentimento de gratidão por ter colaboradores que se dedicam todos os dias, meses e anos para oferecer um atendimento único e com qualidade.

História do HGG

O Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi iniciou suas atividades em 29 de dezembro de 1959 com o nome de Hospital Geral – Inamps e funcionou por vinte anos como um hospital federal para tratamento eletivo, de urgência e emergência, em várias especialidades.

A transferência para a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) ocorreu por força do Termo de Cessão de Uso nº 26 de 04/12/1990, em conformidade com o Decreto nº 94.657 de 28/07/1987 do Governo do Estado de Goiás e da Fundação Hospitalar do Estado de Goiás.

Em 1991, o Hospital foi fechado para reforma geral, sendo suas atividades absorvidas pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e por outras três maternidades.

A reabertura ocorreu somente em maio de 1998, com proposta de atendimento parcial em nível terciário para prestação de serviços de média e alta complexidade, realizando atendimento especializado, cirurgias eletivas de alto custo e procedimentos diagnósticos. Em 2001, o Hospital Geral de Goiânia abriu suas portas a distintas unidades de ensino e estabeleceu Residência Médica em oito especialidades, inicialmente.

O Hospital passou a ser gerenciado por uma organização social em março de 2012. O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) venceu o chamamento público da Secretaria de Estado da Saúde, com a melhor proposta técnica. A OS goiana, fundada em 2005, promoveu reformulou a gestão do hospital, e com ações transparentes, proporcionou melhorias no atendimento ao usuário.

Apesar de ser gerido por uma Organização Social de direito privado, o Hospital Alberto Rassi -HGG é uma unidade de saúde 100% pública e respeita os princípios da universalização da assistência, com garantia de acesso igualitário à saúde, resguardando os princípios constitucionais que regem o Sistema Único de Saúde (SUS).

O Hospital se destaca pela presteza e cordialidade no atendimento e a confiabilidade, conquistada pelo alto índice de resolução dos problemas de saúde dos seus pacientes.

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