Projeto promove inclusão de alunos especiais por meio de valorização da cultura nordestina
Durante a 1ª edição do ‘Encontro para Socialização de Práticas Pedagógicas Inspiradoras no Atendimento Educacional Especializado (AEE)’ realizado, nos dias 28 e 29 de outubro, no espaço de planejamento e integração da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO), um projeto, dentre as 12 práticas pedagógicas que foram apresentadas pelos professores do AEE, se destacou por sua inovação no cenário da Educação Inclusiva.
Denominado “Som da Inclusão: Ritmos do Nordeste e a Arte do Cordel no AEE”, o projeto foi criado pela professora de AEE, Thaís Araújo, do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Deoclides Martins da Costa, de Campinorte, no interior do estado. Entre outros aspectos, o desenvolvimento do projeto com alunos com necessidades especiais contribuiu para a promoção da inclusão e a valorização da cultura nordestina por meio da música e da literatura de cordel.
Realizado durante o mês de outubro, o projeto celebrou duas datas importantes: o Dia do Nordestino, comemorado em 8 de outubro, e o Dia da Leitura, em 12 de outubro, utilizadas como ponto de partida para construção da prática pedagógica.
Asa Branca e cordéis coletivos
Foi assim que os alunos com necessidades especiais da escola criaram instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis, colaboraram na construção de uma música inspirada em “Asa Branca” e dois cordéis coletivos. Todo esse processo contribuiu para o fortalecimento da autoestima e da integração social dos estudantes, conseguindo demonstrar o potencial transformador da Educação Inclusiva.
A professora Thaís contou que a escolha do tema se deu pelo cordel ser uma expressão artística rica e profundamente enraizada na cultura nordestina, possibilitando que os alunos explorem a leitura e a escrita de maneira acessível e criativa. Além disso, o cordel permite que todos se expressem e contem suas próprias histórias, valorizando suas vozes e promovendo sentimento de pertencimento.
“Mais do que um trabalho escolar, esta foi uma oportunidade para que os nossos alunos se vissem refletidos na cultura e na arte, reconhecendo-se como parte ativa e importante de nossa comunidade escolar”, afirmou a professora.
Thaís ainda revelou que o projeto foi bem recebido pelos estudantes, superando as expectativas e ultrapassando as barreiras da sala de aula, envolvendo a comunidade dentro e fora da escola.
“Na minha opinião, o diferencial foi sair fora do mesmo, porque os alunos precisavam de novas práticas que desenvolvessem as suas habilidades e nesse processo conseguimos desenvolver as habilidades motoras, percepção auditiva e a criatividade. Então, basta enxergar a individualidade e os dons de cada um porque eles querem ser ouvidos”, contou a professora Thaís.
Os próximos passos do projeto “Som da Inclusão: Ritmos do Nordeste e a Arte do Cordel no AEE”, são a criação da banda da sala, cantatas de Natal, apresentações em locais variados, ampliando o alcance destas práticas pedagógicas implementadas com sucesso no Cepi Deoclides Martins da Costa.
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