“Sou uma pessoa muito melhor depois que passei a estudar aqui”, diz aluno do Cepi Léo Lynce

(Foto: Seduc)

“Essa escola mudou a minha vida. Nem sei explicar direito. Só sei que me sinto uma pessoa muito melhor hoje do que na época em que entrei no Cepi”. O depoimento do estudante Leander Filipe Souza Borges, aluno do Centro de Ensino em Período Integral Léo Lynce, emocionou não apenas a secretária estadual da Educação, Fátima Gavioli, como também a equipe de educadores que trabalha na unidade escolar.

Ao ficar sabendo que a secretária estadual de Educação cumpriria agenda de trabalho em Piracanjuba, cidade onde mora, Leander pediu à diretora Maria Madalena Alves Ferreira que o levasse para conhecer a professora que comanda a secretaria.

Durante o encontro com Fátima Gavioli, o adolescente fez questão de destacar o quanto o ensino de tempo integral foi importante para sua transformação pessoal e para a sua mudança de comportamento. “No início, eu não gostava de ficar o dia todo na escola, me comportava mal e fazia muita bagunça, mas os professores sempre me trataram com muito carinho e foram me incentivando a melhorar. Isso foi mudando o meu jeito de ver a vida. E hoje estou muito feliz de estar ali”, comenta Leander.

A diretora do Cepi reafirma as palavras do estudante. “Quando ele chegou, em 2019, era um menino de comportamento bem difícil. Era muito tímido, rebelde e inquieto, mas nós não desistimos dele, pois vimos que era inteligente e tinha um grande potencial”, lembra ela.

Incentivo do Clube Juvenil
Para Maria Madalena, as estratégias pedagógicas adotadas para ajudar Leander e outros alunos com perfil semelhante foram acertadas. Um dos caminhos pensados foi envolvê-los nas atividades do Clube Juvenil de Comunicação e Rádio, já que a grande maioria deles tinha muita dificuldade para se comunicar.

Outra iniciativa que fez toda a diferença, conforme ela, foi a participação de Leander no projeto Jovem Acolhedor. “Nós o levamos para fazer uma formação em outro Cepi e, quando ele voltou, estava completamente diferente. Ele ficou encantado com a possibilidade de falar sobre sua experiência como aluno de uma escola de tempo integral para outros jovens como ele”, relembra a diretora.

Maria Madalena acrescenta que Leander surpreende os professores a cada dia pelo esforço e envolvimento. De acordo com ela, o adolescente se tornou uma liderança em sala de aula e virou também um garoto propaganda da escola de tempo integral. A diretora conta que Leander ainda tem muita dificuldade para aprender, mas seu comportamento melhorou muito. “Ele está sempre pronto para ajudar os professores e a escola, nos intervalos das aulas. E nós estamos muito felizes com o resultado que estamos vendo”.

Sobre o encontro do aluno com a secretária da Educação, Maria Madalena revela que o adolescente saiu encantado. “Foi muito importante para ele ter a chance de conhecê-la. E o fato dela ter contado a ele que era de família muito pobre e que a educação foi a responsável por fazer a diferença na vida dela serviu como um grande incentivo para ele”, diz ela.

“Tenham orgulho dessa escola”
Voltando os olhos para um passado recente, Leander admite que deu trabalho para seus professores quando chegou à escola. “Eu era muito custoso e desobediente, mas a forma como me trataram me fez refletir muito sobre minha vida. E eu sou muito grato por isso. Agora, quando encontro um aluno novato, já vou logo falando para ele ter orgulho da escola, pois cada um sai daqui totalmente diferente de como entrou”. 

A secretária de Educação ficou emocionada com a história de Leander e com os elogios dele em relação aos esforços feitos pelo Governo de Goiás para levar benefícios e melhorias à toda a rede estadual de ensino. “Nossos alunos merecem estudar em uma escola bonita, com pintura nova e bem equipada. Nós acreditamos no poder da educação para transformar vidas e meu coração fica cheio de alegria ao ouvir um aluno dizer que está feliz e satisfeito de estudar em nossas escolas”.

O poder da educação
Na opinião de Fátima Gavioli, depoimentos como os de Leander vão ao encontro da proposta da escola de tempo integral, que tem como foco a formação intelectual, moral, ética e cultural das crianças e jovens. “Nós queremos que os alunos do tempo integral tenham autoestima, que consigam enxergar um bom futuro pela frente, independente da condição social em que nasceram”, diz ela.

“Eu sou uma pessoa que nasceu em uma família muito pobre, mas a educação mudou a minha vida e eu consegui trazer mobilidade social para a minha família. Fui professora, coordenadora, mais tarde secretária. Eu consegui fazer meus filhos e minhas irmãs estudarem, depois de mim”, acrescentou ela.