Programas da Semad são premiados em Londres e Nova Délhi

Troféu do Global Sustainable Development Summit & Awards, dado ao Juntos pelo Araguaia (Foto: Semad)

Dois programas desenvolvidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) conquistaram reconhecimento internacional em novembro.

No dia 17/11, em Londres, o programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) foi premiado com o Green Apple Award no setor Local Authorities (autoridades locais). E, no dia 20/11, em Nova Délhi, o Juntos pelo Araguaia recebeu premiação no GEEF Global Sustainability Award 2025, na categoria Iniciativa do ano em restauração ecológica global.

Pagamento por Serviços Ambientais

O PSA foi criado para remunerar produtores rurais que firmam o compromisso de conservar a vegetação nativa em suas respectivas propriedades. O valor pago pode chegar a R$ 664 por hectare a cada ano. O primeiro ciclo dele foi em 2025, com desembolso de R$ 8,2 milhões e 15,9 mil hectares de área contemplada.

Programa de Pagamento por Serviços Ambientais contempla 16 mil hectares no 1º ano

Na cerimônia de premiação no Palácio de Westminster, sede do parlamento britânico, o PSA foi escolhido entre mais de mil indicações do mundo inteiro. O prêmio integra o tradicional Green Apple Awards for Environmental Best Practice, organizado desde 1994 por uma entidade internacional, independente e não-política reconhecida pela promoção de práticas ambientais exemplares.

Os avaliadores elogiaram o fato de o Governo de Goiás ter priorizado municípios de baixa renda, incorporado o uso de monitoramento por satélite e dado clareza metodológica ao programa.

Juntos Pelo Araguaia

Troféu do Green Apple Award, concedido em Londres ao PSA (Foto: Semad)

A premiação do Juntos pelo Araguaia ocorreu no dia 20 de novembro, em Nova Délhi (Índia), durante o Global Sustainable Development Summit & Awards. O evento foi promovido pelo Global Energy and Environment Foundation (GEEF), organização dedicada ao fomento de soluções sustentáveis e à cooperação internacional.

O JPA tem um modelo de governança muito específico e não envolve dinheiro público. Participam dele patrocinadores nacionais e internacionais, entre eles a Anglo American, de origem britânica; a State Grid, representante do setor energético chinês no Brasil; a Hypera Pharma, empresa brasileira do setor farmacêutico; a Rumo Logística e a Atiaia Renováveis, ambas brasileiras; e a Lundin Mining, do Canadá.

A execução técnica é feita pelo Instituto Espinhaço e à STCP Engenharia. O papel da Semad é o de ser a curadora, assegurando a integridade metodológica, a transparência institucional, a coerência com os objetivos ambientais e o respeito aos compromissos assumidos.

O JPA está dividido em oito lotes de execução, dos quais três foram lançados há poucos meses. Hoje, o programa tem pactuação para a recuperação de 1,2 mil hectares na bacia do Alto Araguaia, com 385 mil mudas nativas plantadas, compondo um dos maiores esforços de recomposição ecológica em execução no Cerrado.

As ações já beneficiaram diretamente 17.837 pessoas e alcançaram indiretamente cerca de 165 mil, por meio de atividades de capacitação, mobilização comunitária, assistência técnica e educação ambiental em toda a região.

As frentes de trabalho incluem recuperação de nascentes, recomposição vegetal, manejo sustentável do solo, além de atividades de educação ambiental voltadas à formação de consciência ecológica coletiva. O programa trabalha também com a dimensão humana, promovendo a chamada recuperação de mentes e corações, essencial para transformar práticas sociais e consolidar uma cultura de cuidado com o território.

As áreas em processo de restauração se consolidam como modelos replicáveis para novas regiões, funcionando como unidades demonstrativas que orientam a expansão planejada do programa.

A premiação ocorreu no ITC Maurya, em Nova Délhi, espaço tradicionalmente utilizado para eventos institucionais e diplomáticos. Estiveram presentes autoridades de reconhecida atuação na agenda ambiental, como U.P. Singh, ex-secretário do Governo da Índia; Rasmus Abildgaard Kristensen, embaixador da Dinamarca; H.R.P. Yadav, da Amity University; e Punit Singh Nagi, diretor do GEEF.

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