Começam as obras do CORA – primeiro complexo oncológico público de Goiás
“Nós vamos salvar vidas de crianças que não têm onde ser tratadas”, disse o governador Ronaldo Caiado ao assinar a ordem de serviço para implementação do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás – CORA, em Goiânia, nesta segunda-feira (13/02).
Com investimento de R$ 424,71 milhões, a unidade terá 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica.
O CORA comportará procedimentos de alta complexidade, como transplante de medula óssea. O complexo contará ainda com leitos para internação de adultos, ala de prevenção e um alojamento para receber familiares de paciente.
“É o maior projeto do nosso governo”, assinalou Caiado.
Este será o primeiro hospital público de Goiás exclusivamente dedicado ao tratamento contra o câncer, uma vez que a instituição que atualmente é referência no estado, o Hospital Araújo Jorge, é mantida por entidade filantrópica.
Caiado lembrou que, ao longo de sua gestão, sempre buscou resolver o problema da falta de assistência para pacientes com câncer no estado.
“Goiás nunca teve tratamento oncológico. Criei o primeiro serviço em Uruaçu, onde iniciamos com 30 leitos, centro cirúrgico, quimioterapia e estamos estendendo também a Itumbiara”, citou.
Obras
Máquinas deram início à limpeza e terraplanagem do terreno para o começo da primeira etapa: a ala pediátrica, que tem previsão de 18 meses para entrega das obras. O CORA será construído em terreno às margens da BR-153, cedido pela União ao Governo de Goiás. Quando estiver concluída, a unidade terá cerca de 45 mil metros quadrados.
Para a compra de equipamentos, o governo conta com doações, como a realizada pela Assembleia Legislativa de Goiás, no valor total de R$ 6 milhões em verbas.
“Não adianta nada um hospital desse construído, se nós não tivermos o know-how, o conhecimento para receber e cuidar do paciente”, disse Caiado ao fazer menção à contribuição da Fundação Pio XII. A fundação doou o projeto para execução da obra e integrará a gestão da unidade. A entidade é atual mantenedora do Hospital de Amor de Barretos (SP), que serviu de inspiração para o projeto goiano.
CORA
Em homenagem a Cora Coralina, o complexo teve o nome da poetisa goiana incluído em sua sigla. O atendimento no CORA será todo realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E, assim como a obra da poetisa, será voltado ao povo.
“É uma homenagem à altura e que se transforma nessa maravilha que temos aqui projetada”, avaliou o governador.
O acompanhamento e supervisão das obras está a cargo da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO).