Saúde aponta que comportamento das pessoas na pandemia amplia problemas
Em entrevista hoje, 2, ao Jornal Brasil Central, o superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria Estadual, Sandro Rodrigues, traçou um cenário de muita dificuldade do sistema de saúde como um todo para atender os pacientes da Covid-19 que demandam os hospitais em Goiás. “A gente está numa situação complexa, que às vezes é até inexplicável. Estamos no meio de uma pandemia e as pessoas se comportando como se não houvesse essa pandemia e isso tem reflexos no sistema de saúde”, salientou.
Sandro disse que os leitos fazem parte de uma questão complementar, para resolver um problema que já aconteceu, que é a própria transmissão da Covid-19 e que as pessoas deviam se preocupar em seguir as medidas sanitárias, para evitar de ir para o hospital. “Pelas aglomerações que houve, essas taxas vão chegar num nível bastante alto e complexo, com a ocupação hospitalar oscilando acima de 90%, o que não é fácil operar uma quantidade dessa de leitos com pacientes demandando diversos tipos de atendimento”, explicou.
Em Goiás, segundo ele, o tempo médio de internação de um paciente em UTI para a Covid gira em torno de 10 a 11 dias, mas é preciso lembrar que quando vai para um leito de UTI não vai ficar pouco tempo lá e isso, obviamente, reduz a própria disponibilidade de leito. “Em cardiologia, rodo um paciente em dois ou três dias. Agora, eu rodo em dez dias, apenas um paciente de Covid-19”, observou.
Estado aumentou leitos
Disse também que o governo do Estado de Goiás fez foi aumentar o número de UTIs nesse período de pandemia. Deixou claro que a questão que houve foi quanto ao hospital emergencial de Águas Lindas de Goiás, que era de estruturas modulares específicas para aquela função, doadas pelo governo federal, cumpriu seu papel ali naquele primeiro momento. “Eram 40 leitos de UTI lá e já foram inseridos dentro da própria rede. O Estado de Goiás, do início ao meio de fevereiro, aumentou mais 139 leitos de UTI. Abrimos mais leitos de UTI do que a gente tinha na primeira onda da Covid-19 no Estado”, argumentou.
Explicou também que o Estado trabalha com a demanda por leitos para a covid, quando ela existe. “Não existindo, o leito será destinado a outra patologia. Em Goiás fizemos diferente do restante do país, porque não trabalhamos com hospitais de campanha em ginásios, estádios. A gente antecipou um processo que já estava previsto para este ano, com a estadualização dos hospitais, que continuam funcionando, independente da pandemia. O fechamento de leitos que se verificou em dezembro no país foi uma questão momentânea e esses leitos serviram por um momento da forma que foram criados”, arrematou.
Confira a entrevista: