Pesquisa goiana sobre tecnologia assistiva conquista reconhecimento internacional

Investigar de que forma tecnologias assistivas podem fortalecer a participação, a aprendizagem e a autonomia de estudantes com deficiência foi o ponto de partida do artigo desenvolvido por equipe da Escola do Futuro de Goiás (EFG) Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia.
O estudo acaba de ser aprovado para publicação na Revista PLURAL: Antropologías desde América Latina y el Caribe, periódico internacional ligado à Associação Latino-Americana de Antropologia e uma das publicações de maior relevância acadêmica na região.
A pesquisa, intitulada Tecnologias Assistivas: Interfaces Entre Inclusão, Educação e Autonomia, é assinada pelo diretor da unidade, Vinicius Seabra, pelo coordenador dos Serviços Tecnológicos e Ambientes de Inovação (STAI), Vitor Vinicius Gomes Cerqueira, e pela técnica dos Laboratórios de Inovação, Maila Aguiar Souza.

O estudo reúne práticas, experimentações e análises desenvolvidas no STAI e discute como tecnologias assistivas — de dispositivos de mobilidade a ferramentas pedagógicas digitais — podem ampliar a participação, fortalecer o processo de aprendizagem e garantir mais autonomia a estudantes com deficiência na educação básica.
A publicação também aborda desafios estruturais da rede pública, como a formação continuada de professores, a ampliação de recursos acessíveis e a necessidade de políticas robustas de inclusão escolar.
Para o diretor Vinicius Seabra, o reconhecimento internacional valida o trabalho realizado na escola e evidencia o impacto da inovação quando aplicada à educação pública.
“A tecnologia assistiva não é apenas um recurso técnico, mas uma ferramenta que transforma vidas. Ao pesquisar e sistematizar essas experiências, mostramos que inclusão, autonomia e aprendizagem são princípios que orientam nossas ações e que podem, sim, ser potencializados pela inovação”, afirma.
O coordenador Vitor Cerqueira destaca que a pesquisa posiciona a EFG Luiz Rassi no centro do debate contemporâneo sobre acessibilidade educacional.
“Esse resultado mostra que a prática que construímos aqui dialoga com o que há de mais atual no debate sobre acessibilidade educacional”, afirma.
Já a técnica Maila Aguiar ressalta o aspecto humano por trás das tecnologias desenvolvidas pela equipe.
“Quando desenvolvemos um recurso assistivo, pensamos antes na pessoa. É isso que move nosso trabalho.”
A equipe considera que a publicação representa não apenas um marco acadêmico, mas também um incentivo para ampliar projetos que unem inclusão, educação e tecnologia no ambiente escolar.
As Escolas do Futuro de Goiás são unidades de ensino profissionalizante vinculadas à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e, desde 2021, são geridas, por convênio, pela Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do CETT.



