Queijaria artesanal goiana investe em produção com leite A2
O cenário de produção artesanal de queijo em Goiás ganha novos contornos com a conquista do Selo Arte e de Queijo Artesanal pelas queijarias regionais.
Habilitação concedida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e inspecionada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o reconhecimento de um produto artesanal pelo Selo Arte vai além das garantias de qualidade, originalidade e regionalidade daquela receita, como também abre as portas para sua comercialização em todo o território nacional.
Hoje, estão devidamente homologadas na Agrodefesa, e acompanhadas periodicamente, cerca de 12 queijarias artesanais goianas, dedicadas a produzir receitas originais que estão ganhando os paladares mais exigentes pelo país afora.
Conheça a seguir um pouco da história de uma dessas queijarias que têm contribuído com boas práticas agropecuárias e de fabricação artesanal, e alçado o nome de Goiás a patamares mais elevados quando o assunto é queijo.
Produção diferenciada
Em uma propriedade na zona rural de Alexânia, distante 120 quilômetros da capital goiana, o casal Vitório e Noélia de Ângelo Oliveira Beltran, empresários do ramo de itens cirúrgicos, resolveram se dedicar a um segundo empreendimento: o de produção de queijos artesanais.
Tudo começou pela paixão de Vitório pela produção de leite. Interessado em montar o melhor rebanho, ele foi aconselhado por amigos pecuaristas a investir em vacas geneticamente modificadas para produzir leite A2.
Esse diferencial, marcado pela presença da proteína caseína A2, resulta em um leite de digestibilidade mais leve, indicado a pessoas com sensibilidade no sistema digestivo ao ingerir leite de vaca.
Escolhido o rebanho de vacas girolando e gir, foi o momento de iniciar a montagem da queijaria que, num primeiro momento foi feita de forma mais simples. Mas foi ao descobrir sobre a certificação do Selo Arte e todas as vantagens de abertura de mercado que ele oferecia, que o casal buscou junto à Agrodefesa as orientações necessárias para conquistar a certificação.
“Vitório sempre almejou o melhor em cada um de nossos empreendimentos, e com a queijaria não tem sido diferente”, refletiu Noélia.
Contando com apoio e orientação de uma profissional da engenharia de alimentação, o casal contratou um engenheiro para conduzir a adequação da queijaria aos moldes de um empreendimento certificado pela Agrodefesa.
Além das adaptações estruturais, também foram assimilados processos produtivos que ampliaram a sanidade no ato da fabricação.
“Abrir mercado para o nosso produto foi muito importante. Hoje temos tanto a certificação do leite A2 sendo os primeiros do Centro-Oeste a produzir com essa certificação, como também a certificação do Selo Arte, o que permitiu que nosso produto tivesse as portas abertas para todo o Brasil”, avalia.
Atualmente, a Queijaria Lininho processa 450 litros de leite por mês, tendo capacidade para chegar a 700 litros. Lá, são produzidos quatro tipos de queijo, sendo dois zero lactose e que tem sido o carro-chefe da empresa artesanal. Apesar de terem apenas dois anos de plena produção, os queijos Lininho já chegaram a empórios de São Paulo, Salvador, Pernambuco, Maceió, além de Goiânia, Anápolis e Brasília.
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